O ministro de Lula, Luiz Marinho (Trabalho), comentou o desempenho da Bahia na geração de emprego com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados em janeiro deste ano.
Ao nível nacional, o país registrou um saldo positivo de 137.303 novos empregos, com maior destaque para o setor de indústria, que gerou 70.428 empregos. No acumulado dos últimos 12 meses, foram gerados 1,65 milhão de empregos, o que representa um crescimento de 3,6% no total de trabalhadores com carteira assinada no Brasil.
Já a Bahia, especificamente, gerou 6.902 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de pouco mais de 87 mil contratações e cerca de 80 mil demissões.
A afirmação do titular da pasta sobre o desempenho da Bahia foi dado durante o “Bom dia, Ministro”, veiculado pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e que contou com a participação de diversos veículos, entre eles a Rádio Salvador FM/PS Notícias.
“Nos últimos dois anos, o estado da Bahia participou bem, de forma bastante positiva. O governador [Jerônimo Rodrigues] tem trabalhado bastante sintonizado com o Ministério. O estado da Bahia foi o que mais preservou o processo de qualificação, de capacitação da rede Sine”, disse Marinho.
A expectativa é a de que o ministro esteja na Bahia, na próxima semana, para um encontro com representantes da construção civil e o próprio Jerônimo Rodrigues para debater assuntos pertinentes ao setor.
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Ainda na entrevista, Luiz Marinho apresentou uma iniciativa, o “Crédito do Trabalhador”, opção de empréstimo consignado criada por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quarta-feira (12).
Com ele, profissionais do setor privado poderão usar a Carteira de Trabalho Digital para ter acesso a empréstimos mais baratos com garantia do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a partir do próximo dia 21.
Por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador terá a opção de requerer proposta de crédito diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo Governo Federal. Para isso, ele autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa.
A partir daí, o trabalhador recebe ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação. O desconto das parcelas será na folha de salários. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.
O “Crédito do Trabalhador” pretende reduzir o superendividamento, ao oferecer uma linha de crédito mais atraente também para migrar dívidas com maior custo.
Atualmente, o consignado do setor privado, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), conta com cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, somando mais de R$40,4 bilhões em recursos.
Segundo o Ministério do Trabalho, quem já tem o consignado ativo pode fazer a migração para a nova linha a partir de 25 de abril de 2025. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.
