Brasil

Assassinato de vereadora no Rio pressiona interventores federais

Ataque que também matou motorista é encarado como afronta no Exército

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Amigos e familiares da vereadora Marielle Franco (PSOL) durante a chegada do caixão com o corpo de Marielle para o sepultamento no Cemitério do Caju, zona norte do Rio de Janeiro (RJ). Ela foi mortos a tiros dentro de um carro na noite de ontem, 14, no centro do Rio. O motorista do carro também foi atingido e morto (Foto: CELSO BARBOSA/ESTAD�O CONTE�DO)

 

O assassinato a tiros da vereadora Marielle Franco(PSOL) e de seu motorista e a repercussão nacional e internacional do crime reforçaram a pressão sobre os interventores federais no Rio, deixando encurralados os militares do Exército responsáveis pela segurança do estado.

Decretada pelo presidente Michel Temer (MDB) com a justificativa de frear a escalada da violência, a intervenção completa um mês nesta sexta-feira (16), dois dias depois da morte de Marielle, 38, e do motorista Anderson Pedro Gomes, 39, em uma rua do Estácio, na zona norte, à noite, a menos de 200 metros de uma cabine da Polícia Militar.

Nascida e criada no complexo de favelas da Maré e crítica frequente da violência policial em áreas pobres, a vereadora levou quatro tiros na cabeça quando voltava de um evento. Nada foi roubado, e os criminosos fugiram. O motorista levou três tiros, e uma assessora sobreviveu. A principal hipótese dos investigadores é de crime premeditado.

Integrantes da cúpula da intervenção federal disseram à Folha que a ação criminosa contra uma autoridade, com potencial de repercussão política e social, foi vista como uma afronta ao trabalho dos militares do Exército.

Sob comando do general Walter Braga Netto, eles participaram de uma série de reuniões e cobraram da Polícia Civil, que teve seu comando trocado na última semana, um desfecho rápido sobre os autores do crime. Ao menos oito equipes da Delegacia de Homicídios trabalham no caso.

 

Folha ///  A F ////