Brasil

Guarda Civil admite que agentes atiraram e mataram torcedor do Goiás durante confronto

Três homens que aparecem em filmagem durante tiroteio após ataque a torcedores do Vila Nova foram identificados e afastados do serviço na rua

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A Guarda Civil Metropolitana (GCM) informou que o borracheiro e torcedor do Goiás Lucas Pereira Neves, de 24 anos, foi morto durante um confronto com agentes da corporação. Ele teria atirado contra um ônibus do Eixo Anhanguera onde estavam torcedores do Vila Nova, em Goiânia, e reagido à voz de prisão dada pela equipe. Três guardas foram afastados das ruas após a ação.

A Polícia Civil está investigando o caso. Um vídeo mostra o momento do tiroteio que aconteceu antes do clássico, no sábado (3). Na gravação, três homens armados se aproximam do torcedor, que estava baleado e caído na avenida (assista acima). A GCM disse que eles estão na guarda há 12 anos e são “excelentes profissionais”.

“Não há nenhuma mancha no currículo deles. No dia, eles estavam de folga e se depararam com o Lucas atirando contra o ônibus. Eles se identificaram, deram voz de prisão e o rapaz atirou contra os agentes, que revidaram. Um dos guardas o acertou com dois tiros e ele morreu”, explicou o porta-voz da corporação, Valdson Batista.

De acordo com a GCM, Lucas Pereira tinha dez passagens pela polícia. O porta-voz disse ainda que não havia outra maneira de se fazer a abordagem naquele momento.

“Existem vários níveis de abordagem e aquela era o nível 5. Estava havendo uma troca de tiros e não dá para você chegar com ‘por favor’, ‘com licença’, ‘não faça isso’. Você tem que agir de acordo com a intensidade que o fato merece”, explicou.

De acordo com a GCM, o jovem estava armado com um revólver calibre 38. Ele tinha uma tatuagem no abdômen da Força Jovem, torcida organizada do Goiás Esporte Clube.

Os três agentes que aparecem nas imagens no momento do tiroteio já foram identificados e foram afastados das ruas. Agora, eles ficarão em funções administrativas. Foi aberta uma sindicância para apurar o caso.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o caso já está sendo investigado desde o dia em que aconteceu a morte do torcedor do Goiás. Os guardas civis ainda vão ser ouvidos na Delegacia de Investigação de Homicídios.

Fonte: G1// FA