A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta quinta-feira, dia 1º, durante discurso em sessão solene de abertura do Ano do Judiciário, que o momento no Brasil “não é de conforto, nem de conveniência, mas de grandes desafios e de profundas controvérsias”.
Indicada pelo presidente Michel Temer, que estava presente na cerimônia mas não discursou, Raquel – que tem incomodado o Planalto com iniciativas como a ofensiva contra o indulto natalino assinado por Temer – disse ainda que o Ministério Público Federal (MPF) age firmemente para “endireitar os atos tortuosos dos que desviam dinheiro público”.
Sem fazer referências a nenhum caso, como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tenta evitar a prisão após condenação em segundo grau, Raquel disse ainda que o Ministério Público tem agido com o propósito de buscar resoluções.
“É necessário avançar, para depurar problemas crônicos. Como instituição de justiça, o Ministério Público tem agido e pretende continuar a agir com o propósito de buscar resolutividade, para que a Justiça seja bem distribuída; para que haja o cumprimento da sentença criminal após o duplo grau de jurisdição, que evita impunidade”, disse.
Raquel, que tem sido vista pelo governo como alguém em sintonia com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lucia, destacou ainda que “as instituições do sistema de Justiça estão funcionando de modo independente e que trabalham arduamente”.
Estadão Conteúdo