Além de terem deixado de pagar as taxas de IPTU (Imposto Patrimonial Territorial Urano) desde 2014, gerando uma dívida de R$ 80 mil junto à Prefeitura do Guarujá, Lula e a OAS deixaram de pagar também as taxas de condomínio do tríplex de número 164-A, localizado no Edifício Solaris, na Praia das Astúrias, uma das mais badaladas do litoral paulista. A OAS, em nome de quem o tríplex ainda está registrado, e Lula, proprietário de fato do apartamento de três andares, com 300 metros quadrados, deixaram de pagar condomínio a partir de dezembro de 2015. A ISTOÉ obteve um dos boletos de cobrança não pagos destinado à OAS com vencimento em 16 de junho de 2016, no valor de R$ 1.116,15. O boleto foi enviado pela Itambé, administradora do condomínio do Solaris onde Lula tem o imóvel, para a sede da OAS, na avenida Angélica, 2220, 6/7º andar, na Consolação, em São Paulo.
As taxas de condomínio não foram pagas de dezembro de 2015 a dezembro de 2017. A dívida perfaz um total de aproximadamente R$ 40 mil, acrescidos de juros. Pode ser mais do que isso. Lula e a OAS deixaram de pagar IPTU e agora o condomínio exatamente no mês (dezembro de 2015) que o Ministério Público iniciou as investigações para provar que o tríplex de Lula foi doado pela OAS como parte das propinas que o ex-presidente recebeu da empreiteira, resultado dos contratos superfaturados na Petrobras. Essa investigação acabou com a condenação de Lula a 9 anos e 6 meses de cadeia, determinada pelo juiz Sergio Moro em julho de 2017. A pena foi majorada para 12 anos e 1 mês de reclusão por decisão dos três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, na última quarta-feira 24.
Em decisão tomada na segunda-feira 29, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, responsável pela Lava Jato, determinou o leilão desse apartamento, para ressarcir a Petrobras dos prejuízos que ela sofreu com a ação criminosa dos petistas na estatal. Uma das razões que o levou à decisão, foi a de que Lula e a OAS abandonaram o tríplex, que poderia se deteriorar. E citou reportagem da ISTOÉ que publicou em seu site no sábado, com exclusividade, que só a dívida com o IPTU era de R$ 80 mil. Com a dívida agora de mais R$ 40 mil em condomínios, o tríplex já deixa um débito de R$ 120 mil, que o comprador do apartamento em leilão vai ter que pagar. O imóvel está avaliado em R$ 2 milhões. A OAS gastou R$ 2,2 milhões para construir e reformar o tríplex, colocando lá elevador privativo, móveis para a cozinha e armários, deck para a piscina e ampla área gourmet, com boa churrasqueira, entre outras coisas.
Reprodução: Isto É
REDAÇÃO DO LD
