Apesar de ter aprovado na semana passada uma resolução em que fala em “formar ampla e sólida aliança” para a eleição presidencial de 2018, o PT não deve encontrar facilidade para pôr esse plano em prática.
Potenciais aliados dos petistas já falam abertamente que qualquer possibilidade de composição está descartada, depois da decisão do Tribunal Regional Federal da 4º (TRF-4) de condenar por 3 votos a 0 o ex-presidente Lula a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá.
Apesar de ter manifestado solidariedade a Lula antes do julgamento, o PCdoB e o PSOL estão dispostos a ter candidatos próprios na disputa deste ano.
O PDT também já está com a candidatura de Ciro Gomes nas ruas. Na tentativa de romper o isolamento, o PT vinha cortejando o PSB para reeditar uma aliança que esteve em vigor até a disputa presidencial de 2014. As cúpulas dos dois partidos chegaram a se reunir em novembro.
Existia uma chance pequena (de se aliar com Lula), forçada pelas composições regionais basicamente no Nordeste. Agora, posso dizer que esse não será o caminho do PSB. Qualquer partido que queira se aliar ao PT sabe que é uma aliança de grande risco — afirmou o líder do partido na Câmara, Júlio Delgado (MG).
Na avaliação do líder do PSB, não há dúvida de que Lula será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e impedido de concorrer.
O Globo/// A.. Figueiredo