Ex-presidente da CBF, José Maria Marin pediu a anulação do seu julgamento nos Estados Unidos e que um novo processo seja instaurado. Em dezembro, ele foi condenado por seis crimes por uma corte de Nova York e, desde então, aguarda sua sentença em uma prisão americana. Agora, ele insiste à Justiça dos EUA que deve ser inocentado ou que, pelo menos, um novo processo seja realizado.
O argumento do brasileiro é de que os promotores que apresentaram a acusação não mostraram provas concretas de que ele teria de fato recebido dinheiro em troca de contratos com empresas de televisão e marketing. O Ministério Público americano o acusa de ter recebido US$ 6,5 milhões (aproximadamente R$ 20,8 milhões, na cotação atual) em propinas, em troca de contratos para eventos como a Copa América, a Copa Libertadores e a Copa do Brasil.
Para convencer o júri, os promotores levaram à corte diferentes testemunhas. Todas indicaram como teriam recebido do brasileiro pedidos específicos por propinas. Os mesmos empresários ainda apontaram como o então vice-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também fazia parte do esquema, chegando a solicitar até mesmo um aumento no valor cobrado da propina. Foram essas informações que levaram a Fifa a o afastar do futebol de forma temporária, enquanto o caso é investigado.
Mas, para os advogados de Marin, não existe prova de que um pagamento tenha sido retribuído com os contratos. Portanto, a relação criminosa não seria estabelecida.
Estadão Conteúdo // AO