Passar uma tarde em Itapuã nem sempre é sinônimo de ouvir apenas o mar de Itapuã, quando chega a temporada de alta estação. O bairro é o líder em reclamações registradas na prefeitura este ano, no intervalo de 1º a 15 de janeiro, por causa da poluição sonora.
Os dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) apontam para 70 denúncias de populares incomodados com o barulho, somente nos primeiros 15 dias de 2018, no bairro outrora cantando em verso, prosa e poesia pelo poeta Vinícius de Moraes.
Logo em seguida, completam a lista das regiões com maior número de denúncias na Semop a Boca do Rio (60 reclamações), Brotas (57 registros), Cajazeiras (53 queixas), Fazenda Grande do Retiro (41 ocorrências) e o bairro de Paripe, no subúrbio, com 40 comunicações.
Quando os dados se estendem para toda a capital baiana, na primeira quinzena, as principais fontes emissoras de som foram os veículos particulares (707 registros), residências (430) e estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e boates (249 queixas).
Por mais sossego
Verão, férias, praia, festas, ensaios, shows, carros com sistema de som do tipo "paredão" e caixas de som portáteis são uma combinação infernal para uma parte da população, a exemplo da professora aposentada Romilda Carvalho, 63 anos, que mora na região do Abaeté.
A Tarde // A F /////