Após a morte de um morador de São Paulo que estava internado com febre amarela no Hospital Couto Maia, no bairro de Monte Serrat, os postos de saúde da rede municipal de Salvador apresentaram um aumento sensível na procura pelas vacinas contra a patologia nesta segunda-feira (15). Estima-se que 1,3 milhão de soteropolitanos ainda precisem se proteger contra a doença na capital baiana. A vacinação acontece de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8 às 17 horas, em todas 126 salas de vacina da rede municipal.
“Apesar de ainda não termos o fechamento do número de doses aplicadas nessa segunda, já conseguimos perceber um aumento significativo na procura pelas doses nos postos. Isso é importante porque a vacinação é a melhor forma de evitarmos a circulação do vírus nesse período, quando a cidade recebe pessoas de todo o planeta, sobretudo de regiões como São Paulo, onde temos casos confirmados em humanos”, alertou Geruza Morais, diretora de Vigilância à Saúde.
Fracionamento – Com objetivo de combater com maior agilidade a circulação do vírus nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, o Ministério da Saúde lançará uma campanha emergencial com doses fracionadas da vacina especialmente nessas localidades. Em Salvador, a estratégia iniciará após o carnaval, entre 19 de fevereiro e 09 de março. Até o momento do início da campanha, quem ainda não se protegeu pode procurar os postos para tomar a dose padrão do imunobiológico.
“As pessoas não precisam esperar a campanha começar para buscar a vacinação contra febre amarela. Nossos postos ainda não adotaram o fracionamento, que só acontecerá após o carnaval e quem buscar as unidades receberá a dose única padrão, o que protege o indivíduo pela restante da vida”, explicou Morais.
O imunobiológico é administrado em dose única para o público entre 9 meses e 59 anos. O Ministério da Saúde afirma que a vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Para estes grupos, a orientação é que a pessoa busque ajuda médica, cujo profissional de saúde avaliará o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco de eventos adversos.
Fonte: Secom // AO