Brasil

PT busca apoio de partidos para manifesto em defesa de Lula candidato

Presidentes do PDT e do PSB defendem direito de petista concorrer, mas siglas não definiram posição oficial. PSOL vai discutir tema em reunião

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Lula

A menos de duas semanas do julgamento de Lula em segunda instância pela acusação relativa ao tríplex do Guarujá, o PT tem buscado apoio de partidos do campo progressista para lançar um manifesto conjunto em defesa do direito de o ex-presidente se candidatar em 2018. O objetivo é que o documento seja subscrito também pelo PCdoB, o PSOL, o PDT e o PSB. Embora os quatro partidos estudem lançar nomes próprios nas eleições, o vice-presidente do PT e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que um manifesto está sendo construído entre as legendas do campo progressista para defender a possibilidade de Lula ser candidato. Importantes lideranças dessas siglas têm feito críticas ao processo contra o petista e defendem o direito de ele se lançar à Presidência, mas há divergências internas. Embora o PDT tenha definido Ciro Gomes como seu pré-candidato, o presidente da sigla, Carlos Lupi, posiciona-se em favor de Lula se lançar em 2018. Apesar de o PSB possuir quadros críticos ao petista, o presidente do partido, Carlos Siqueira, segue linha semelhante à de Lupi. Nos outros dois partidos, parece haver maior unidade no apoio à participação de Lula nas eleições. Enquanto a pré-candidata pelo PCdoB, Manuela d'Avila, e Guilherme Boulos, cotado para concorrer pelo PSOL, assinaram um manifesto em que diversas personalidades públicas defendem o direito de o petista concorrer, Ciro Gomes, por exemplo, ainda não rubricou o documento. No PSB, deputados já se manifestaram em favor da sentença de Moro. 

Atos em defesa de Lula

Além do manifesto em discussão com os partidos, Alexandre Padilha, um dos organizadores da série de eventos e atos do PT previstos antes do julgamento em Porto Alegre, diz haver uma articulação com parlamentares e políticos de diversos partidos sobre o tema. Além de Boulos e Manuela D'Ávila, Padilha cita o deputado Ivan Valente, do PSOL, e o senador Roberto Requião, que segue por ora no MDB. Padilha diz haver possibilidade de Lula ir a Porto Alegre no dia do julgamento, mas a questão ainda deve ser debatida com os advogados do ex-presidente, que pediu para ser ouvido pelos desembargadores do TRF-4. De qualquer forma, está previsto um ato de recepção a Lula em São Paulo logo após a decisão. O vice-presidente do PT garante ainda que diversas centrais sindicais participarão dos atos pró-Lula no País. Além da CUT, ele diz que a Intersindical, ligada ao PSOL, e até mesmo integrantes da Força e da UGT, mais próximas de Michel Temer desde sua ascensão ao poder, engrossarão os protestos contra uma possível tentativa de barrar a candidatura do petista. Aliado de Temer, Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, assinou recentemente um manifesto em defesa de Lula se candidatar. 

Reprodução: Carta Capital

REDAÇÃO DO LD