Política

Lava-Jato no Paraná começa novas investigações a partir de material que estava no STF

Parte expressiva do material se refere a desdobramentos das delações da Odebrecht

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No mesmo dia em que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, afirmou que terminará ainda este ano as investigações em todos os inquéritos da Operação Lava-Jato que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), o superintendente da PF no Paraná, Maurício Valeixo, anunciou a chegada a Curitiba de uma nova leva de 53 inquéritos, desmembrados de investigações que correm na Corte.

Parte expressiva do material se refere a desdobramentos das delações de executivos da Odebrecht. Valeixo não estabeleceu prazo para o fim dos trabalhos e assegurou, em entrevista ao GLOBO, que haverá aumento do efetivo que atua na Lava-Jato.

Em encontro com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, Segovia disse ainda que concluirá todos os outros inquéritos que apuram supostos crimes cometidos por autoridades com foro privilegiado — cerca de 200, metade relacionada com a Lava-Jato.

A maioria seria encerrada nos próximos oito meses, segundo o diretor-geral — portanto, antes do primeiro turno das eleições. Segovia, no entanto, afirmou que não faz o cálculo sobre eventual influência da aceleração dos inquéritos nas eleições neste ano.

Qualquer investigação deve vir em benefício da sociedade.

Questionado pelos jornalistas se a meta inclui o inquérito que investiga o presidente Michel Temer, o diretor-geral da PF disse que sim:

As perguntas já foram enviadas ao presidente. A partir disso, será tomado um novo passo. Isso dependerá do delegado que preside o inquérito — afirmou Segovia, que confirmou a Cármen Lúcia o reforço da equipe da PF na Lava-Jato em Brasília

Jjornal O Globo /// A. Figueiredo