Brasil

Procurador do TCU quer barrar socorro do FGTS à Caixa

Para Julio Marcelo, medida pode reeditar caso BNDES nos governos Lula e Dilma, que começou com o Tesouro emprestando R$ 12 bilhões

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Socorro à Caixa

A Caixa pode se transformar no ‘novo BNDES’ do governo Michel Temer com a injeção de recursos do FGTS, avaliam os críticos da operação de capitalização de R$ 15 bilhões do banco com recursos do fundo dos trabalhadores. A comparação é uma alusão aos aportes bilionários feitos pelo Tesouro no BNDES a partir de 2009, que “incharam” a capacidade do banco e que passaram a ser cobrados pelo governo no ano passado. Ministro Alexandre Baldy diz que quer preservar programas sociais do governo Foto: Felipe Rau/Estadão – 5/12/2017. Contrário à operação, que terá ainda que ser aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo, alertou que o socorro poderá representar uma reedição do caso do BNDES durante os governos Lula e Dilma Rouseff, que começou com o Tesouro emprestando R$ 12 bilhões e, no final de seis anos, já tinha emprestado R$ 500 bilhões. Esses empréstimos foram usados para turbinar o crédito de empresas e setores durante os governos do PT.

Defensor do aporte, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, tem repetido que a operação é importante para garantir programas sociais do governo. Nesta segunda-feira, 8, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, acertou com o presidente Michel Temer a liberação de R$ 2 bilhões a Estados e municípios. A concessão desses empréstimos pela Caixa e pelo Banco do Brasil está provocando uma ciumeira entre os governadores e é moeda de troca de apoio para aprovação da reforma da Previdência.

Procurada, a Caixa defende recomposição de seu capital de nível em até R$ 15 bilhões.

Reprodução: Estadão Economia