Suspeitos invadiram uma casa e fizeram uma família refém na noite desta quarta-feira (3) no bairro Santa Inês, na Região Leste de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), eles chegaram a fugir levando o material roubado, mas foram detidos. Três homens e duas mulheres foram presos e dois adolescentes, apreendidos, segundo os militares.
A corporação informou que o supervisor de vendas, de 46 anos, estava em casa com a família. “Éramos em oito: eu, minha esposa, três filhos, minha tia e dois filhos dela”, contou. Segundo ele, os criminosos pularam o muro e invadiram a casa.
“Os três estavam armados. Um deles, se eu não me engano o menor, era o mais agressivo e pedia o tempo todo dinheiro, mandava me bater, ‘bate nele para ele aprender’. Enquanto os outros iam pegando os pertences”, relatou a vítima.
Conforme a polícia, os bandidos trancaram toda a família em um dos quartos da casa e fugiram no carro da empresa em que o supervisor de vendas trabalha, que estava na garagem. Ainda segundo os militares, pai e filho conseguiram pular a janela e foram até a casa de um vizinho, que chamou a polícia.
“Através dessas informações, nós iniciamos o nosso cerco bloqueio. (…) Num certo momento, provavelmente eles já estavam deslocando pelo Vera Cruz, porque eles estavam deslocando pela Avenida dos Andradas, eles bateram no meio fio, estouraram três pneus do carro e empreenderam fuga”, informou o tenente Herbert Feital.
Os policiais conseguiram apreender um adolescente de 17 anos, que havia participado do roubo. Um dos suspeitos conseguiu fugir e um jovem, de 23 anos, foi preso depois que os militares rastrearam os celulares que foram roubados na casa. Com o rastreamento dos aparelhos, a PM também descobriu que outras pessoas estavam envolvidas no crime.
Outros quatro jovens foram presos e mais um adolescente, de 16 anos, apreendido. Uma arma também foi recolhida. A polícia ainda recuperou uma TV, um vídeo game, notebooks e celulares. Alguns deles estavam escondidos em um muro do Cemitério da Saudade e, segundo a polícia, seriam vendidos.
“80% do que foi roubado foi recuperado, mas a coisa mais importante para mim, ali, naquele momento, era a vida dos meus filhos, da minha esposa, dos meus primos, da minha tia… porque é uma situação que não dá para explicar. Arma na minha cabeça, na cabeça da minha esposa”, disse o supervisor de vendas.
Fonte: G1// FA