A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar o envolvimento do soldado Sérgio Ricardo Sobral Guerreiro no assassinato do gerente de uma loja de roupas, André Luís Santos Silva, 32 anos, na manhã desta segunda-feira (1º), no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador. O policial já foi afastado das atividades operacionais do Batalhão de Choque, onde é lotado.
Na mesma data da ocorrência, o Guerreiro compareceu ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, acompanhado de um advogado. Depois de passar pela audiência de custódia, na manhã desta terça-feira (2), o PM aguarda a apuração do PAD, que pode implicar até na sua exoneração do cargo. Segundo a Corregedoria, ele nunca havia respondido a nenhum processo disciplinar. A investigação do assassinato é feita pela Polícia Civil.
Entenda o caso
Após comemorar a festa de Ano-Novo, André estava com mais oito pessoas – dentre elas a ex-mulher do PM. De acordo com testemunhas ouvidas pelo CORREIO, o PM chegou ao local do crime atirando com duas armas: um revólver e uma pistola. "Todos bebiam no largo quando resolveram tomar a saideira próximo à Cruz do Pascoal. Foi quando o policial chegou de carro e discutiu com a mulher", relata a moradora. O PM teria ficado com ciúmes da ex-mulher.
Além diparar contra André Luis, o PM atirou também no primo dele, Adriano Santos Santana, 27 – atingido no braço esquerdo de raspão e no joelho esquerdo. Adriano foi socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi submetido a uma cirurgia. Seu estado de saúde é grave.
Correio // AF ///