Política

Doria chama de ‘injusta homenagem’ viaduto com nome de Marisa Letícia

Assessoria de Lula disse que Doria deveria 'se abster de usar recursos públicos para desrespeitar pessoas falecidas'.

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Prefeitura de São Paulo informou que o prefeito João Doria classifica como “injusta homenagem” a nomeação de um viaduto no extremo da Zona Sul da cidade com o nome da ex-primeira dama Marisa Letícia, morta em fevereiro deste ano em razão de um acidente vascular cerebral.

Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente Lula disse que "o prefeito João Dória deveria se dedicar a governar a cidade São Paulo e se abster de usar recursos públicos para desrespeitar pessoas falecidas".

O projeto de lei foi sancionado na sexta-feira (29) pelo prefeito em exercício, Milton Leite. O viaduto começa na Estrada do M’Boi Mirim e termina na confluência da avenida Luiz Gushiken – outro nome ligado ao PT, ex-deputado federal e ex-ministro, morto em 2013 – com a rua Adilson Brito.

Em nota, a prefeitura diz que, por determinação de Doria, o evento de inauguração do viaduto – previsto para 3 de janeiro – foi cancelado. A via será aberta ao trânsito, sem solenidades, nesta terça-feira (2). “A Prefeitura esclarece ainda que a escolha do nome do viaduto é prerrogativa da Câmara Municipal e fruto de um acordo entre a maioria dos vereadores — e apenas por isso respeitado pela administração municipal”.

O texto da nota diz ainda que o prefeito não concorda com a nomeação de alguém que seria “envolvido no maior escândalo de corrupção já registrado no país e que nunca morou na cidade nem jamais lhe trouxe qualquer benefício”.

A assessoria de Lula disse que Marisa Letícia “sempre agiu dentro da lei e a favor do Brasil, tendo trabalhado a vida inteira como empregada doméstica, operária e mãe, jamais tendo cometido qualquer crime em toda a sua vida. Jamais ocupou qualquer cargo público e sempre agiu para elevar o nome do país como primeira-dama. Foi acusada apenas e tão somente pelo objetivo político de atingir o ex-presidente com uma acusação absurda para tentar impedi-lo de continuar suas atividades políticas”.

G1 //// A F ////