Ex-diretor geral da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz admitiu que trabalhou na campanha presidencial de 2014 para o então candidato Aécio Neves (PSDB). Em depoimento à Polícia Federal, ele decidiu colaborar com investigações sobre o bunker de R$ 51 milhões, montante atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. Digitais de Ferraz foram encontradas nas cédulas de R$ 50 e R$ 100 que rechearam as malas e caixas de dinheiro encontradas na maior apreensão da história da PF. O ex-chefe da Codesal era conselheiro de ética do PMDB na Bahia em meados de 2012 e admitiu que buscou uma mala de dinheiro para Geddel em um hotel em São Paulo. Ele afirma que ainda voltou a Salvador em voo fretado e foi levado por um motorista do partido até a casa de Vieira Lima, onde o dinheiro da mala foi contado. Segundo informações do colunista Fausto Macedo, do jornal Estado de S. Paulo, Ferraz se diz "traído" por esperar que o ex-ministro repassasse o montante para as campanhas de candidatos baianos às prefeituras. No entanto, o dinheiro foi parar no apartamento da Graça, em Salvador. O ex-dirigente da Codesal declarou ainda que colaborou para a campanha de Geddel ao governo estadual, em 2010. À época das eleições de 2012, ele alega ter sido assessor de bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Estado. Ele afirmou que, entre 2013 e 2014, fez campanha política para Geddel, então candidato ao Senado, Paulo Souto, candidato ao governo baiano, e Aécio Neves, candidato a presidente. Na época, Ferraz chefiava a Superintendência da Indústria e Comércio de Salvador.
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da Redação