O governo quer o texto final da reforma da Previdência pronto o mais rápido possível, ainda no recesso parlamentar, quando pretende continuar os esforços para completar os votos necessários à votação da proposta – marcada para fevereiro.
O assunto foi tratado neste domingo numa reunião entre o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco.
Maia reabriu as negociações com os servidores públicos que pressionam por uma regra de transição especial para quem ingressou até 2003. Eles querem continuar com direito à integralidade (último salário da carreira) e paridade (mesmo reajuste salarial dos ativos), sem cumprir idade mínima – de 65 anos (homem) e 62 anos (mulher).
Nesta terça-feira, auxiliares do relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), vão se reunir com o porta-voz da categoria, José Robalinho Cavalcanti – presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Serão apresentadas a ele duas propostas alternativas ao texto apresentado pelo governo: pagamento de pedágiode 50% (adicional sobre o tempo que falta para aposentadoria) e o adiamento das novas regras até que os funcionários públicos – que já têm idade mínima de 60 anos (homem) e 55 anos (mulher) – sejam alcançados pela idade que será fixada para os trabalhadores do setor privado (INSS) – que começa aos 55 anos (homem) e 53 anos (mulher) e vai subindo gradativamente até fechar nos 65/62 anos. Dessa forma, as servidoras poderiam se aposentar com integralidade e paridade até 2022 e os servidores, até 2028.
O Globo /// A F ////