Passageiro do voo AA 229 da American Airlines, que atrasou por mais de 24 horas no Aeroporto de Miami, Estados Unidos, o universitário Leonardo Fioravand, morador de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, decolou para Salvador por volta das 11h desta terça-feira (28).
Ele é um dos clientes que compraram a viagem para deixar os Estados Unidos na noite de domingo (26), mas sofreu com o atraso do voo. O baiano embarcou no voo AA 9247, do terminal de Miami.
“Estamos todos revoltados. Tem gente que desistiu e comprou passagem de outras empresas”, contou. Ele disse estar junto com outras 90 pessoas do voo atrasado. Leonardo Fioravand afirmou que, durante a espera para o voo decolar, os comissários de voo ofereceram água, tentando acalmar os passageiros.
“Deram ticket alimentação e hotel. Mas, durante o dia, a situação foi a mesma: todo mundo no saguão do aeroporto esperando. Chegaram a prometer dois voos na madrugada de domingo. Na segunda, prometeram um 14h30 e outro 18h. Nenhum deu certo”, disse o estudante.
O voo AA 9247 tem previsão de oito horas de voo, segundo o passageiro. Em nota, a American Airlines afirmou que todos os passageiros recebem assistência e foram reacomodados em voo disponível. A companhia aérea informou ainda que o voo da noite de segunda-feira (27) precisou ser cancelado por necessidade de manutenção. A empresa lamentou qualquer inconveniente causado aos passageiros, mas alegou que a segurança de seus clientes e tripulantes é a "maior prioridade".
Reclamações
Também em uma situação semelhante de atraso, o médico mineiro Celso Pereira estava de férias nos Estados Unidos, com a mulher e quatro filhos, e chegou por volta das 9h30 desta terça (28) no Aeroporto de Salvador. Ele embarcou em Miami em um voo realocado pela American Airlines, após o seu voo, previsto para meia noite de sábado (25), ter atrasado. Celso é morador de Poço Fundo (MG) e fez escala em São Paulo e Salvador antes de voltar para Minas.
“Não trouxemos bagagem nenhuma, só bagagem de mão. Cada hora era uma desculpa. Falaram que era o ar-condicionado que estava estragado, depois falaram que era uma turbina que estava estragada”, contou. “Davam tíquete-alimentação, que era apenas para os locais que eles indicavam. Os locais não tinha nada para comer, era ruim. Um dia arrumaram um QUARTO DE HOTEL com uma cama para 4 pessoas. A gente comprou roupa, porque estava com a roupa suja”, disse ao G1.
Foto: Reprodução/G1-Globo