Bahia

Veja o que disseram as testemunhas do júri Kátia Vargas

Julgamento de médica é realizado nesta terça-feira (5), no Fórum Ruy Barbosa, quatro anos após acidente que matou dois irmãos, em Salvador.

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O júri popular da médica Kátia Vargas começou por volta das 9h30 desta terça-feira (5), com cerca de uma hora e meia de atraso, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

Acompanhe em tempo real o andamento do júri popular

Emocionada, mãe de irmãos mortos sai do salão do júri de Kátia Vargas durante exibição de fotos do acidente

Quatro anos após morte de irmãos, júri popular de médica acusada começa nesta terça-feira, em Salvador

Kátia Vargas é acusada de ter provocado o acidente que matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, após uma suposta briga de trânsito, em outubro de 2013. Ela chegou a ser presa, mas após dois meses obteve o direito de responder ao processo em liberdade provisória.

O julgamento começou com a definição do corpo de sete jurados e seguiu com os depoimentos das testemunhas de acusação. Durante a manhã, foram ouvidas três pessoas que testemunharam o acidente.

Às 12h59, a juíza determinou um intervalo para almoço de 40 minutos e a plateia começou a deixar o salão do júri para a pausa. A expectativa de retorno é às 13h40.

Confira o resumo dos depoimentos das testemunhas de acusação:
3ª testemunha: Arivaldo Lima Souza

A testemunha Arivaldo Lima Souza realtou que foi ultrapassado pelo carro dirigido pela médica e, antes, a motocicleta teria passado pelo veículo dele em uma velocidade baixa.

A testemunha contou que o carro da médica passou em alta velocidade, por volta de 80 km/h.

Eu confirmo. Não tenho dúvida nenhuma de que o carro bateu na moto", afirmou a terceira testemunha

Arivaldo Lima Souza contou, ainda, que viajou depois do acidente e só prestou depoimento quando retornou. Ele não soube dizer como o nome dele foi citado.

"Essa motorista acabou de matar duas pessoas ali", contou a testemunha sobre a declaração feita à época do acidente.

A promotoria então tomou a palavra e perguntou se a testemunha teve algum contato com a família das vítimas ou da ré. Arivaldo afirmou que não, apenas em juízo.

A defesa fez uma marcação com fita métrica para mostrar a distância que a testemunha diz ter visto o acidente. Ao mostrar o vídeo do dia do acidente, a defesa perguntou: "Em que momento ocorreu a ultrapassagem?". A testemunha não precisou a ordem dos fatos.

"O senhor confirma que a moto estava sempre próxima ao meio-fio?", perguntou a defesa. A testemunha confirmou a pergunta da defesa sobre a motocicleta estar próxima ao meio-fio.

Arivaldo Souza disse que não viu nenhuma discussão entre as vítimas e a ré. A defesa perguntou quantos dias depois do acidente a testemunha prestou depoimento. Ela respondeu que foram três dias depois.

Mais uma vez, a testemunha afirmou que não viu nenhuma discussão entre as vítimas e a ré.
2ª: Maria Antônia Souza Palmeira

A segunda testemunha, Maria Antônia Souza Palmeira, contou que viu uma discussão entre a pessoa que estava no carro branco e as pessoas da moto. Ela conta que a discussão foi em frente ao semáforo.

"A percepção que eu tive foi que tinha um conflito entre o condutor da moto e a motorista do carro", disse a testemunha

O promotor retomou a pergunta e relembrou o depoimento da testemunha, em juízo, à época do caso. Ele pediu que ela esclareça quem saiu primeiro do semáforo.

"A impressão que eu tive é que o carro saiu primeiro", disse a testemunha.

A mãe das vítimas não esteve presente no salão do júri no momento em que a segunda testemunha foi ouvida. A segunda testemunha de acusação também afirmou que a pessoa da motocileta bateu no carro, mas não soube precisar se foi com a mão ou capacete.

Advogado de acusação, Daniel Keller, perguntou se a testemunha assistiu à discussão que Kátia Vargas negou em juízo que tivesse acontecido. A testemunha respondeu que viu uma gesticulação.

O advogado de defesa perguntou se a testemunha viu em algum momento o carro bater na moto e a mulher responde que não.
1ª: Álvaro Lima Freitas Junior

A testemunha contou que fazia uma caminhada perto do Salvador Praia Hotel, em Ondina, quando o carro branco parou no semáforo.

Segundo ele, pareceu que a pessoa da motocicleta deu um tapa no carro, como se reclamasse de algo. Em seguida, ocorreu o acidente.

A testemunha Álvaro Lima viu o acidente. Ele conta que o tapa que teria sido dado pela vítima no carro foi no lado da porta do carona.

"Eu fiquei acompanhando a situação de uma determinada distância", disse a testemunha.

"Pelo que me recordo, a moto seguiu reto e o veículo foi atrás, mas até onde vejo, ela [a moto] saiu reto e o veículo teve uma saída brusca".

A testemunha Álvaro Lima contou, ainda, que percebeu o momento do acidente, mas não confirmou que viu o momento do choque entre os veículos.

"Quando eu percebi o choque e que o veículo perdeu o controle, corri desesperadamente para ver se tinha como prestar algum socorro".

"Vi que a situação era mais grave do que eu poderia imaginar"

A testemunha contou que foi até a delegacia prestar depoimento de espontânea vontade.

O promotor Davi Gallo perguntou se a testemunha viu alguma "arrancada" da moto. A testemunha disse que não, e que a moto estaria em velocidade normal.

Álvaro contou que foi até o carro depois do acidente e viu que tinha uma mulher no volante. A testemunha contou quando viu os corpos dos jovens.

Álvaro Lima diz que o rapaz estava no passeio e a garota com as pernas em cima do passeio e o corpo no asfalto.

A testemunha contou que não tem recordação do carro da acusada frear e também disse que a moto em nenhum momento tentou impedir a passagem do carro, como dito por Kátia Vargas.

A defesa perguntou se a testemunha decidiu ir até a delegacia após ver uma reportagem na televisão e Álvaro afirmou que sim.

A defesa então encerrou as perguntas. Em seguida, a juíza perguntou se algum jurado queria fazer perguntas e pediu para que a questão seja anotada em um papel. A pergunta de um dos jurados foi se a testemunha viu o momento do acidente de onde estava, e Álvaro respondeu que não.

Outras sete testemunhas devem ser ouvidas durante o julgamento. Duas de acusação e cinco da defesa. A previsão é que o júri da médica Kátia Vargas se estenda até a quarta-feira (6). Nesta terça, o julgamento deve seguir até as 22h.

Fonte : G1 // AO