Bahia

A mãe dos irmãos Emanuel e Emanuelle, Marinúbia Gomes se retirou do salão do júri do Fórum Ruy Barbosa

Médica é acusada de provocar acidente que resultou na morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes

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Quatro anos depois, acontece nesta terça-feira (5), o júri popular da médica Kátia Vargas, acusada de provocar o acidente que resultou na morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, em outubro de 2013, no bairro de Ondina. O julgamento estava previsto para começar às 8h, no salão do júri do Fórum Ruy Barbosa, em Nazaré. Contudo, começou com 1h30 de atraso. Um esquema especial foi montado para o julgamento, com a distribuição de senhas, na última sexta-feira (1º) para o público que queria assistir – além de reforço policial e do monitoramento do trânsito na região.

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O promotor Davi Gallo pergunta para a testemunha se ele recorda do rosto da mulher de que dirigia o carro e pede que ele confirme se é Kátia Vargas. A testemunha confirma após olhar para Kátia Vargas que continua de cabeça baixa. 

"Eu fiz uma construção mental para entender o tapa e imaginei uma fechada na moto mas não foi o que vi", diz a testemunha que é repreendida pela juíza que destaca que ele só pode dizer o que viu. 
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O promotor Davi Gallo pergunta para a testemunha Álvaro se ele confirma que Emanuel bateu do no vidro do carro da médica. Ela estava parada e ele seguiu? Álvaro confirma que sim. Questionado sobre como viu os corpos, a testemunha relata que o corpo de Emanuel estava perto do poste e a jovem perto do asfalto. 

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Enquanto a testemunha fala Marinúbia Gomes segue com semblante de tristeza acompanhando o depoimento. 

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O promotor Luciano Assis mostra a página 3536 do processo onde aparece uma imagem da reprodução simulada do acidente para confirmar se a testemunha estava no local apontado. Nesse momento, o advogado de defesa pede para ver a imagem. 

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A testemunha Álvaro diz que acompanhou a cena porque achou que daria algum problema. Ele relata que a pista no sentido Rio Vermelho – a que aconteceu o acidente – estava com pouco fluxo. 

"Eu percebi que o momento em que há um choque o veículo perde o controle. Fiquei preocupado, mas não consegue dizer se houve choque entre os carros. Quando eu percebi que o veículo perde o controle fiquei preocupado para prestar algum socorro. Me deparei com a situação mais grave doq ue eu poderia imaginar", explica a testemunha. 

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Álvaro Lima Freitas Júnior  é uma das testemunhas que também participou da reconstituição. Álvaro  explica que o carro branco era um Kia Sorento. Ele não se recorda de ter outro carro no momento.

 "O tapa foi suficiente para me chamar atenção que ra alguma reclamação. A moto segue adiante e o veículo vai atrás. Fiquei acompanhando a uma determinada distância. A moto tomou a dianteira. É muito difícil estimar a distância", afirma. 
 A testemunha reforça ainda que a morto segue em linha reta e que o veículo vai atrás. "Não acompanhei mais a trajetória da moto. A saída do veículo é brusca. Acelerou forte. Enquanto ele fala Kátia Vargas segue de cabeça baixa. 

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Testemunha apresentada pela acusação, Álvaro Lima Freitas Júnior, relata que estava passando pelo local do acidente quando viu o carro que seria da médica passando por ele. "Eu queria que o senhor descrevesse o que o senhor presenciou naquele dia", pede o promotor Luciano Assis para a testemunha.

 
"Eu estava participando de uma caminhada e estava no meu trajeto de retorno, quando ali perto do Salvador Praia Hotel passou por mim um veículo branco, para na sinaleira como se fosse fazer uma conversão à esquerda. Passa uma moto, desvia do carro, dá um tapa na lateral como que reclamando. E aí, desvia. O carro acelera. Eu acompanhei e lá na frente aconteceu", responde Álvaro

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Mãe dos irmãos, Marinúbia Gomes, voltou ao salão do júri, depois ficar cerca de 15 minutos do lado de fora e acompanha agora o primeiro depoimento. Neste momento fala a primeira das cinco testemunhas da acusação: Álvaro Lima Freitas Júnior. 

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Sozinha e antes do início do depoimento da primeira testemunha a mãe das vítimas deixa o salão do júri. 

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Depois da escolha dos jurados tem início o depoimento das testemunhas. No total estão previstas dez testemunhas – cinco de defesa e cinco de acusação. Primeiro serão ouvidas as testemunhas de acusação. A primeira pessoa ouvida será Álvaro Lima Freitas Júnior. 

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Kátia volta a usar lenço de papel para secar o rosto. Ela está de olhos fechados e franzindo a boca como se estivesse falando baixinho. O advogado de defesa, José Luis, está conversando com ela. Por um instante, depois que ele saiu, ela deu um leve sorriso para o defensor. Mas, depois, voltou a franzir o rosto e começou a rezar.  A médica está com os cabelos soltos, em tom castanho escruro e com uma franja. 

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Jurados em alerta
Um garçom vestido com roupa social está servindo café para os jurados. É importante, afinal, se um jurado dormir o júri pode ser até cancelado. 

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Com o rosto abaixado, Kátia Vargas limpa a face com um lenço de papel branco. "Ela está com o olhar perdido. Sem encarar ninguém", descreve a repórter Thais Borges, do CORREIO, que está no salão do júri

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 O julgamento está  parado porque os jurados estão lendo algumas das peças do processo. 

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Bastante emocionada, a mãe dos irmãos Emanuel e Emanuelle, Marinúbia Gomes está sendo abraçada pelo esposo, Otto Malta, padrasto dos jovens.

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Os advogados de defesa estão sentados nas três cadeiras atrás da ré.

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Kátia Vargas mudou de lugar no salão do júri. Ela estava na cadeira da ponta entre as três cadeiras disponíveis. Mas, a PM recomendou que ela ficasse na cadeira do meio. Ela está sentada entre duas policiais militares. Com o rosto meio baixo, ela agora está de olhos fechados e semblante entristecido. 

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Vestida de blusa branca social, Kátia Vargas parou de chorar. Ela segue olhando fixamente para o centro do salão. 

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9h40
Formado o corpo de jurados
Cinco mulheres e dois homens foram escolhidos para serem os jurados que definirão o destino da médica. 

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A 13ª sorteada também se diz impedida por ter feito manifestação em rede social sobre o caso. 

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Oitava sorteada se diz impedida de participar do julgamento porque fez publicação em rede social sobre o caso. 

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A defesa recusou a primeira jurada escolhida. A segunda e a terceria foram aceitas. Defesa recusou a quarta sorteada. Sexto sorteado é recusado pela acusação. Sétima sorteada é recusada pela acusação. Até o momento cinco mulheres já foram sorteadas. 

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Kátia Vargas chora enquanto a juíza lê os impedimentos da escolha dos jurados. 

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A ré, a médica Kátia Vargas, já está sentada na cadeira reservada.

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Policialmento está reforçado na região do fórum 

Fonte: Correio24h // AO