O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o ministro Gilberto Kassab deixam o Palácio da Alvorada após almoço com o presidente Michel Temer. Foto Aílton de Freitas / Agência O Globo
Sem ter em mãos o mínimo de 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara ainda este ano, o presidente Michel Temer decidiu intensificar as negociações para conseguir o apoio dos 320 parlamentares que formam a sua base aliada na Câmara.
Temer fez um apelo aos líderes e presidentes dos partidos governistas, ontem, em dois eventos: um almoço no Palácio da Alvorada e um jantar na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Ficou acertado que as legendas farão um trabalho de convencimento em suas bancadas durante a semana e que voltem a se reunir, entre quarta e quinta-feira, para marcar a data do primeiro turno da votação na Câmara.
A expectativa do governo é que a matéria possa ser votada no dia 13 de dezembro (quarta-feira da semana que vem). O segundo turno de votação seria no dia 20. No esforço pra aprovar a Previdência, também serão negociados com aliados os cargos de segundo escalão ocupados hoje pelo PSDB.
Adotando um discurso otimista em relação à possibilidade de se votar a reforma da Previdência ainda este ano, o presidente da Câmara disse que o governo organizou a base e, agora, tem a expectativa de conseguir boa parte dos votos de partidos aliados.
— A gente sai da reunião com a expectativa muito grande de conseguir reunir votos desses partidos, que somam mais de 320 votos. Conseguimos organizar a base para construir a votação ao longo dessa semana — afirmou Rodrigo Maia, anfitrião do jantar do qual Temer participou.
— Há um compromisso de todos os partidos em trabalhar suas bancadas, alguns fechando questão, mas com a certeza de que todos vão trabalhar até quarta, quinta-feira para ter uma análise melhor de quantos votos a gente tem — disse Maia.
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