"Ela sumiu, eu não sabia onde ela estava. Quando fui encontrar foi no HGE", disse a mãe da menina, a diarista Helena Melo, 36 anos. Vitória foi vista pela última vez ao sair do salão, onde trabalhava, para encontrar com o namorado na Cidade Baixa, no dia 18 de novembro. Desde então, não havia dado notícias.
Após o sumiço da jovem, a mãe contou que o namorado disse ter ficado esperando por Vitória, mas que ela não apareceu nem atendeu às ligações. "Ele pediu que ela fosse buscar um dinheiro para ele na cidade Baixa", contou a mãe, logo após o desaparecimento.
A família da jovem percorreu diversos bairros da cidade até encontrá-la baleada no HGE. Vitória ficou internada, mas acabou não resistindo. Em um boletim de ocorrência do posto da Polícia Civil, no HGE, uma mulher – que ainda não tinha sido identificada – deu entrada no hospital no dia 18 de novembro, às 15h59, após ser socorrida por um policial. Segundo o registro, testemunhas contaram que ela foi baleada no pescoço após sofrer uma tentativa de latrocínio na Baixa do Bonfim.
Já no livro de óbitos do posto, a vítima é identificada como a adolescente Vitória Melo, que morreu no dia 29 de novembro, e o caso é tipificado como homicídio consumado.
O corpo da adolescente foi enterrado na manhã deste domingo (3), no Cemitério Municipal de Brotas. "Ela era uma pessoa muito boa. Só o tanto de gente que tem aqui já mostra isso", disse Cleise Viana, amiga de Vitória. Durante o sepultamento, a mãe entrou em desespero. "Por que isso comigo? Por que fizeram isso comigo? A minha filha não merecia ter esse fim miserável", disse, aos prantos. O pai da jovem não conseguiu ir ao enterro.
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