Justiça

Justiça afasta dirigentes da Cruz Vermelha Brasileira, acusados de fraude

É a primeira vez que membros da cúpula da entidade são processados criminalmente no Brasil

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Na sexta-feira 11 de agosto, a imagem de um homem careca, de óculos, trajando camisa social e gravata, dormindo ao relento nas ruas do Rio de Janeiro, com apenas uma sacola preta com seus pertences servindo de travesseiro, foi dispersa por diversos países como símbolo da crise econômica brasileira.

O personagem até então desconhecido ganhou nome e história contada pelo jornal O Globo. Desempregado desde 2016, Vilmar Mendonça, de 58 anos, ex-gerente de RH de grandes empresas, passava o dia no aeroporto de Santos Dumont e dormia na rua. Havia seis meses, contava com as doações da Cruz Vermelha para se alimentar.

 

DESVIO Doações são guardadas na Cruz Vermelha no Rio de Janeiro. Diretores são suspeitos de desviar quase  R$ 10 milhões em dinheiro público (Foto: Fernando Quevedo/Agência O Globo)

DESVIO Doações são guardadas na Cruz Vermelha no Rio de Janeiro. Diretores são suspeitos de desviar quase R$ 10 milhões em dinheiro público (Foto: Fernando Quevedo/Agência O Globo

 

Luiz Alberto Sampaio, presidente da filial fluminense da Cruz Vermelha, aproveitou para divulgar o projeto Noites Solidárias e pedir doações. “O Vilmar é um exemplo da consequência da crise que vive nosso país”, disse. “O número de pessoas em situação de rua aumentou e precisamos estar preparados para auxiliá-las. Mas nossos projetos só podem ser desenvolvidos por meio de doações.” 

O personagem até então desconhecido ganhou nome e história contada pelo jornal O GloboDesempregado desde 2016, Vilmar Mendonça, de 58 anos, ex-gerente de RH de grandes empresas, passava o dia no aeroporto de Santos Dumont e dormia na rua. Havia seis meses, contava com as doações da Cruz Vermelha para se alimentar.

Luiz Alberto Sampaio, presidente da filial fluminense da Cruz Vermelha, aproveitou para divulgar o projeto Noites Solidárias e pedir doações. “O Vilmar é um exemplo da consequência da crise que vive nosso país”, disse.

“O número de pessoas em situação de rua aumentou e precisamos estar preparados para auxiliá-las. Mas nossos projetos só podem ser desenvolvidos por meio de doações.”

Em 23 de agosto, quando Vilmar Mendonça já havia conseguido um emprego, Luiz Alberto recebia uma batida da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal em casa. Ele e sua mulher, Rosely Sampaio, então presidente nacional da Cruz Vermelha, foram conduzidos coercitivamente para depor, suspeitos de terem participado de uma fraude.

 

Revista Época////AF////