Frequentadores do Parque da Cidade, em Salvador, localizado no bairro do Itaigara, terá de esperar até o mês de novembro para voltar a frequentar o espaço. Segundo o secretário da Cidade Sustentável, André Fraga, o atraso se deu por conta das fortes chuvas que têm caído na cidade desde o mês de maio, impedindo a movimentação das máquinas. Embora com todo o atraso, o secretário garante um Parque muito mais moderno, amplo e familiar.
“O foco principal da intervenção no parque, que passava a maior parte do tempo vazio, é tornar-se local de encontro para famílias e amigos. As arquibancadas do Anfiteatro Dorival Caymmi serão ampliadas e passarão a dispor de controle de acesso. A nova área do anfiteatro oferecerá o dobro da capacidade, que era de 1,5 mil pessoas e passará a contemplar um público de 3 mil pessoas”, disse Fraga.
O muro que separava o parque do bairro do Alto da Santa Cruz (vizinho ao Nordeste de Amaralina), como se diria da instalação de um apartheid social, será substituído por um gradil artístico que circundará toda a área de 700 mil m² com reserva de Mata Atlântica e restinga. Está prevista, ainda, a integração da comunidade do bairro com o espaço de convivência em que se constitui o Parque da Cidade Joventino Silva, nome oficial que homenageia o antigo dono daquela gleba e que a teria doado à municipalidade.
O parque será ocupado por quiosques e quem quiser explorá-los terá que se cadastrar junto à prefeitura. Os ambulantes que já comercializavam ali, conforme Fraga, serão mantidos, mas não do jeito que estavam: “Vão ter que preencher um cadastro para poder ter acesso à nova estrutura. Tem muito ambulante em dia de show e chega a ser até perigoso, porque eles fecham os acessos de emergência”.
Com a reforma, o Parque da Cidade passará a dispor, ainda, de uma ciclovia de 3 km de extensão, margeada por uma pista de corrida e caminhada com piso tátil. No lado esquerdo será disponibilizado um espaço para a prática do slackline – esporte de equilíbrio sobre uma fita de nylon, estreita e flexível.
A intervenção tem custo de R$ 11,7 milhões, dos quais R$ 6,7 milhões da Prefeitura e R$ 5 milhões da Petrobras. O custo previsto pela licitação foi de R$ 7,6 milhões, mas a diferença já foi despendida em obras preliminares, como a conclusão da macrodrenagem do canal do Itaigara, pela Sucop.
(Foto: Reprodução/Bocão News)