Brasil

Ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela é alvo de operação da PF

Agentes fazem buscas na casa dele em Maceió; ação é contra fraudes nas obras do Canal do Sertão.

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A Superintendência Regional da Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (30), a operação intitulada Caribdis. No total, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de alagoas, em Maceió, Região Metropolitana além de Salvador, Limeira, em São Paulo e Brasília.

Segundo a PF, as fraudes concentram mais especificamente nos lotes de números 3 e 4 do Canal do Sertão, ambos licitados pelo governo de Alagoas, durante os anos de 2009 e 2014. Dentre os investigados estão o ex-governador Teotônio Vilela (PSDB) e o secretário de Infraestrutura do Estado à época, Marco Fireman, além de outros indivíduos ligados às citadas empresas e órgãos públicos.

Em Alagoas, os madados estão sendo cumpridos na casa do ex-governador Teotônio Vilena, em Maceió, no bairro da Ponta Verde, e do ex-secretário Marco Fireman, no condomínio Laguna, em Marechal Deodoro.

A ação tem objetivo de complementar provas colhidas inquérito policial instaurado com a finalidade de apurar a suposta prática dos crimes de fraude a licitação, desvio de verbas públicas (peculato), corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos relacionados à obra do Canal do Sertão.

O Canal do Sertão é uma obra hídrica tem como objetivo minimizar os efeitos da seca e promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões do semiárido, beneficiando milhares de pessoas. A obra está inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal a utilizar provas decorrentes de colaborações premiadas de pessoas relacionadas à Construtora Norberto Odebrecht. A elas se somaram relatórios do Tribunal de Contas da União, constatando sobrepreço em contrato firmado entre o governo de Alagoas e a referida empresa no montante de R$ 33.931.699,46.

Todo o material arrecadado será encaminhado à Superintendência da PF em Alagoas, onde será analisado. A soma das penas máximas atribuídas aos delitos citados pode chegar a 46 anos de prisão.

Fonte: G1// FA