Com novas regras (incluindo aumento de juros) e limitação em novos contratos, estudantes se mobilizam em busca de alternativas ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Há no mercado bancos e fundos que oferecem opções de financiamento para universitários.
As principais opções são oferecidas por Bradesco, Santander, Pravaler (Ideal Invest e Itaú) e Fundaplub (instituição privada que faz a gestão de programas próprios das insituições de ensino superior).
O educador financeiro Modernell alerta que as alternativas não são comparáveis ao programa federal. O primeiro alerta é que o Fies tem 6,5% de juros ao ano, enquanto os bancos trabalham com taxas de até 2,23% ao mês.
"O Fies é um programa social. As outras opções são paliativas e não são cômodas. Elas requerem atenção, concessões e adaptações", afirma.
Modernell ressalta que os estudantes que procuram estes créditos têm a renda baixa e não podem ter o orçamento empenhado em outras dívidas. "A prioridade deve ser concluir os estudos e, por isso, não é indicado que o aluno tenha outras dívidas como baladas, carros, motos, viagens."
Embora sejam alternativas ao programa do governo federal, os juros são mais altos. Enquanto o Fies cobra 6,5% ao ano, o Pravaler, por exemplo, pode ter 29,7% de juros ao ano. Outra diferença é o pagamento da dívida. No Bradesco, Fundaplub e Pravaler, as parcelas são pagas durante a faculdade e após o fim do curso.
Segundo o educador financeiro, há mais taxas envolvidas nestes financiamentos. "É muito importante lembrar que no ato de assinar o contrato do financiamento, não é só a taxa de juros que deve ser considerada. Todas as taxas, reajustes e custos com material devem ser compatíveis com a renda do aluno. O volume que está sendo endividado é que deve ser analisado", explica.
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