Uma força-tarefa formada por diversos órgãos da área de segurança pública, meio ambiente, sanidade animal e vegetal e aviação civil, entre outros, faz uma grande operação na região sul do estado, nesta segunda e terça-feira (20 e 21). A operação Deriva 2 visa combater a aviação agrícola clandestina, o contrabando de agrotóxicos, os crimes de fronteira, o trabalho escravo e o desrespeito à legislação trabalhista.
Três equipes fazem diligências nesta manhã em hangares nas cidades de Rio Brilhante, em Ponta Porã e em Aral Moreira. A ação é desdobramento da Deriva, que ocorreu em março deste ano e resultou em sete aeronaves apreendidas e quatro empresas autuadas. A ação desta semana já resultou na interdição de oito aeronaves agrícolas no estado.
Em Ponta Porã, a força-tarefa encontrou um pista de pouso e decolagem que fica a dois minutos de voo do Paraguai. Uma empresa foi autuada em R$ 1,6 milhão por utilizar produtos perigosos em desacordo com a legislação vigente e por prestar informação omissa em processo administrativo. Também foram apreendidos documentos relacionados a 156 anotações irregulares de pousos e decolagens de um avião, algumas, inclusive, sem a assinatura do piloto. Além disso, aeronaves e pilotos estão sendo investigados por suspeita de envolvimento com organização criminosa especializada em tráfico de drogas. Duas aeronaves foram interditadas, sendo que uma delas operava mesmo suspensa.
Já em Rio Brilhante, a fiscalização interditou cinco aeronaves das empresas de três empresas. Elas são investigadas por pulverização agrícola sem a devida licença, documentos aeronáuticos vencidos, ausência de receituários agronômicos nos relatórios de pulverização e falta de pátio de descontaminação, entre outras irregularidades constatadas pela perícia técnica.
Fonte: G1// FA