Como já é tradição em Salvador no Dia Nacional da Consciência Negra, duas caminhadas percorreram as ruas de Salvador nesta segunda-feira, 20, para marcar a data (confira as imagens abaixo).
No cento da cidade, a 38ª Caminhada da Consciência Negra – organizada pela Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) – , que estava programada para as 15h, saiu do Campo Grande às 17h30 em direção ao Pelourinho.
Saudando Exú e Obaluaê e cantando para Oyá, o trio elétrico seguiu o percurso de dois quilômetros atrás do público, que foi crescendo com o passar das horas.
Na edição deste ano, o guerrilheiro comunista Carlos Marighela, inimigo número um da ditadura militar brasileira, foi o homenageado pela Conen.
Filho de um italiano com uma descendente de africanos hauçás (povo que vivia majoritariamente na Nigéria), o guerrilheiro baiano foi lembrado pela subversão contra as injustiças.
Não à toa, o tom político do ato, já tradicional, marcou a marcha. Gritos de “Fora, Temer” foram dados em vários momentos, de cima do carro de som.
A principal reivindicação do movimento este ano, entretanto, era o fim do extermínio da população negra, de acordo com o fundador e um dos coordenadores da Conen, Gilberto Leal. “Queremos uma política de segurança pública que não mate mais nossos jovens nas periferias do Brasil”, afirmou.
A Tarde ///AF///////