O relógio marcava 15h30 desta quarta-feira, 15, quando representantes dos terreiros de candomblé do bairro do Engenho Velho da Federação libertaram três pombas brancas, para dar início à 13ª Caminhada pelo Fim da Violência, da Intolerância Religiosa e Pela Paz.
Somente este ano, 49 casos de intolerância religiosa foram registrados na Bahia, de acordo com dados fornecidos pelo Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Nelson Mandela, vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi).
O ato, que contou com fogos de artifício, levou um trio elétrico pelas ruas do bairro e atraiu centenas de pessoas vestidas de branco, em homenagem a Oxalá.
Liberdade de crença
Com a temática da violência contra a mulher, a caminhada foi liderada pela ialorixá do Terreiro do Cobre, Valnizia de Ayrá. À frente do trio, ela bradou palavras de ordem contra a intolerância e o machismo.
“Nossa caminhada mantém a esperança na humanidade para construir um mundo melhor, onde as pessoas tenham liberdade para exercer seus direitos", discursou a ilalorixá.
Pároco da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, o padre Lázaro Muniz destacou o engajamento das religiões no combate à intolerância de crença. “Todos têm a liberdade de viver sua respectiva fé”, defendeu, enquanto abraçava uma mãe de santo.
A Tarde////AF////