O governo estadual mantém suas tratativas para reerguer o Centro de Convenções da Bahia mesmo após o anúncio da construção de um equipamento semelhante pela prefeitura de Salvador, na área do antigo Aeroclube, sendo que os resultados do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) já devem ser apresentados em dezembro.
“Não há mudança nenhuma de percurso, na medida em que nós lançamos em julho a manifestação de interesse; recebemos, antes até do anúncio da prefeitura, várias propostas que estão sendo analisadas, não só do ponto de vista arquitetônico, mas do seu ponto de vista de custo, de localização. E pretendemos até meados do mês que vem dar o resultado das propostas que recebemos”, afirmou o chefe da Casa Civil estadual, Bruno Dauster.
Quanta à modelagem econômica, o secretário descartou a operação por Parceria Público-Privada (PPP) – “porque nós pagamos o custo de implantação, mas não teria sentido pagar a operação, porque ela se mantém, ela é rentável”. De acordo com Dauster, as opções seriam concessão, com a obra paga pelo Estado, ou a construção ser custeada por entes privados e ressarcida pelo governo.
O secretário comentou o projeto anunciado pela prefeitura e criticou a localização escolhida. “Nós consideramos que a aposta naquele local é muito complicada. Porque é o ponto de maior salinidade da costa brasileira e é um dos pontos de maior salinidade no mundo. E então equipamentos, ar-condicionados, não duram três meses.
O custo de manutenção, e isso nós vivemos no nosso Centro de Convenções [em Armação], é altíssimo”, avalia. “Evidente que o privado não vai querer ficar com esse custo pra ele, porque aí não tem rentabilidade. E para o poder público não tem sentido que fique gastando em manutenção de um equipamento de custo elevado, quando tem alternativas locacionais melhores”, acrescentou.
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