O soldado da Polícia Militar supeito de estuprar uma adolescente de 17 anos, durante uma corrida do aplicativo Uber, do qual era motorista, em Salvador, foi afastado das atividades operacionais nesta terça-feira (7), segundo informou a assessoria da corporação.
Conforme a PM, a Corregedoria da corporação, após denúncia da vítima, instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o envolvimento do policial militar no crime, que aconteceu no dia 25 de outubro, no bairro de Sussuarana.
O soldado, identificado como Agnaldo Alves, é lotado na 19ª CIPM, que fica no bairro de Paribe, no subúrbio da capital. Ele deve ficar afastado das atividades nas ruas enquanto transcorre a investigação, informou a assessoria da PM.
Ainda conforme a Polícia Militar, a apuração na esfera administrativa e o resultado do PAD pode resultar até na demissão do militar. Já a investigação do crime é feita pela Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), onde o caso foi registrado.
O policial, que tem cerca de 45 anos, é casado e tem filhos, ainda não foi ouvido pela Polícia Civil. No entanto, já prestou depoimento na Corregedoria da PM. O que ele disse não foi divulgado.
O advogado do soldado, Davi Esmeraldo, esteve da Dercca na manhã desta terça-feira. Ele disse que o policial tem mais de 15 anos de corporação, nega o crime e está à disposição da polícia. “Ele realizou a corrida, inclusive registrada na Uber, mas em momento algum ele praticou isso [estupro]”, afirmou Esmeraldo.
O advogado relatou, ainda, que não houve discussão entre o PM e a adolescente durante a corrida. “Foi uma corrida simples. Ele simplesmente pegou ela num ponto, deixou ela no ponto no qual ela queria, e seguiu. Inclusive, minutos depois ele teve uma outra chamada no Imbuí e já estava em uma outra corrida no Imbuí. Ele está totalmente à disposição [da polícia], disse que fornece o sangue dele para fazer exame. Ele está seguro e tranquilo do que aconteceu”, disse.
Fonte: G1 (AO)