Brasil

Cunha diz que redução da meta é 'absurda'

Presidente da Câmara prevê dias difíceis até aprovação do texto no Congresso

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Pouco depois do anúncio da redução da meta de superávit primário para 0,15%, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o governo terá “dias difíceis” até aprovar o texto com a nova meta que será enviado ao Congresso. Cunha considerou o número “absurdo” e criticou o governo por só agora ter anunciado a redução.

– A redução para 0,15% é uma redução absurda. Ao mesmo tempo que reduz para 0,15%, está cortando mais no Orçamento. E já tem uns três meses que se sabe que não vai cumprir a meta. Então, deveria ter tido essa atitude há mais tempo. O mercado sabe fazer conta. Eu vejo com muita preocupação – disse.

O presidente da Câmara pontuou que, antes da aprovação na mudança na meta, será preciso analisar todos os vetos que estão previstos na pauta do Congresso. E lembrou que alguns deles poderão ser ainda mais problemáticos que a redução da meta, como o que altera as regras da aposentadoria.

Cunha demonstrou pessimismo diante do anúncio:

Para o deputado, a data do anúncio da nova meta foi escolhida para coincidir com a entrega, pelo governo, da defesa das chamadas “pedaladas fiscais” nas contas de 2014 ao Tribunal de Contas da União. Cunha destacou que, independentemente da análise do TCU sobre as contas, caberá à Câmara aprová-las ou não.

Reprodução: O Globo