O delegado Marcelo Calçado, titular da Delegacia Territorial (DT) de Correntina, distante 914 quilômetros Salvador, instaurou, nesta segunda-feira (6), inquérito para identificar as pessoas que estavam à frente da invasão à Fazenda Rio Claro, de propriedade da Lavoura e Pecuária Igarashi Ltda. Cinco pessoas já foram ouvidas. Dezenas de agricultores e pecuaristas, que residem ao longo do Rio Arrojado, nos povoados de Praia, Arrogeando, São Manoel, entre outros, entraram no local para protestar contra os prejuízos que suas propriedades estariam tendo com a captação de água para o sistema de irrigação da empresa. A maioria está a aproximadamente 40 quilômetros da nascente do rio. A principal queixa dos ribeirinhos é quanto à diminuição do nível da água no leito do Rio Arrojado, o que teria se agravado depois da construção de duas piscinas de 125 metros por 125 metros e profundidade de seis metros, para atender o sistema de irrigação da fazenda. Segundo eles, quando as bombas da fazenda são ligadas, o nível cai.
Segundo o delegado, que já ouviu pessoas que trabalham na Igarashi, a empresa está legalizada e possui as licenças necessárias para captar a água do rio. Disse também que as pessoas que invadiram a propriedade são ligadas a pequenas associações existentes nos povoados ao longo do Arrojado, criadas para ordenar uso e cultivo de pastagens na região.
Fonte: Ascom PC