Quatro dos seis homens envolvidos no assalto à loja Papel & Cia, ocorrido na tarde desta quarta-feira (1º), no bairro do Comércio, em Salvador, já eram procurados pela polícia. Erick dos Santos Silva, 32 anos, Janderson da Silva Fernandes, 29, e Victor Macedo Santana, 18, estavam com mandados de prisão em aberto.
Victor foi baleado e levado para o hospital. Edinaldo Euzébio Silva dos Santos morreu na ação, e um adolescente de 15 anos foi apreendido. Fabrício Araújo Leal, 19, era o único adulto que não tinha passagem pela polícia.
Segundo a delegada Carla Ramos, titular da DRFR, todos os assaltantes são moradores da comunidade do Forno, na Federação. A polícia encontrou com o grupo dois revólveres calibre 38 e um simulacro de arma de fogo, além de celulares.
A confusão começou por volta das 14h. Segundo testemunhas, Erick, Janderson, Fabrício, Victor, Edinaldo e o adolescente entraram na loja da Papel & Cia, na praça Conde dos Arcos, e anunciaram o assalto. O grupo foi surpreendido por um segurança à paisana que estava na papelaria.
O homem atirou em Victor, que ficou caído na frente da loja. Edinaldo – que segundo a polícia já tinha sido preso por tráfico e homicídio – correu com os outros assaltantes para o andar de cima da loja após ouvir os tiros. Ele tentou fugir pulando uma janela, mas foi surpreendido por outro homem armado e foi baleado quando corria pela Ladeira do Taboão. Ele morreu no local.
Corpo de Edinaldo logo após o crime (Foto: Divulgação/ SSP)
Prisão
A polícia chegou em seguida, e os suspeitos fizeram um funcionário refém. Nesse momento, os quatro assaltantes correram para o segundo piso da papelaria. Depois de cerca de 40 minutos de negociação, liberaram o refém e se entregaram. Erick, Janderson e Fabrício foram levados para a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), onde estão presos.
O adolescente foi encaminhado para a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), onde está apreendido. Victor – que segundo a polícia tem passagens por outros crimes, incluindo homicídio – foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Geral do Estado (HGE). Até as 19h50 desta quarta, ele permanecia no centro cirúrgico. O estado de saúde dele não foi divulgado.
A loja da Papel & Cia fechou depois do crime. As manchas de sangue ficaram na calçada, e a confusão atraiu a atenção dos curiosos. "Ouvimos o barulho de quando a polícia chegou, achei que era algo mais simples e fui perto ver, quando ele (assaltante) saiu correndo da loja eu corri pra longe também", contou uma testemunha, que pediu para não ser identificada.
Correio///AF///