Brasil

Dilma alerta para o risco da fase 2 do golpe

A presidente deposta Dilma Rousseff afirmou que o golpe que a destituiu do cargo deve estar se encaminhando para uma segunda e decisiva fase

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Brasil 247

Em entrevista exclusiva à TV 247 nesta terça-feira, 31, a presidente deposta Dilma Rousseff afirmou que o golpe que a destituiu do cargo deve estar se encaminhando para uma segunda e decisiva fase: impedir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de concorrer à presidência em 2018, mudar as regras eleitorais para impedir a vitória de um candidato progressista ou até mesmo cancelar as eleições.

"É claro que eles não fizeram o golpe para entregar de volta. Mas eles erraram na mão. Cometeram muitos erros. Fizeram uma rapina", disse Dilma. Segundo a presidente petista, os conservadores estão com grandes dificuldades diante da popularidade de Lula, que vence em todas as pesquisas eleitorais.

"Lula ganha no primeiro turno, e nós estamos caminhando para um impasse. Vivemos a ameaça de um segundo golpe, e esta ameaça está centrada em impedir Lula de ser candidato. Tirar o Lula para fazer o serviço sujo, privatizar a Eletrobras, vender o pré-sal, acabar com a previdência, fazer estas reformas que estão em compasso de espera. Se eles tivessem um candidato, várias coisas eles já teriam resolvido. Mas não têm um candidato", afirmou. 

Dilma defendeu a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, para definir os rumos do país, e de um referendo revogatório para desfazer os estragos cometidos pelo governo de Michel Temer. "O Lula tem razão em falar em referendo. Não será quebra de contrato, estamos avisando antes, dizendo: olha, não comprem, porque o que está sendo feito é ilegal. Estão vendendo o que eles não tem voto e legitimidade para vender. Estão vendendo uma riqueza que não é deles e um país que não e deles e que eles não têm mandato pra vender", afirmou.

A presidente eleita afirmou que a Constituinte deverá tomar decisões sobre o poder monopolista da imprensa brasileira. "Não podemos continuar com uma mídia controlada por quatro ou cinco famílias. No caso da informação, a concentração de poder é gravíssima".

Assista abaixo à entrevista na íntegra: 

 

Reprodução/Brasil247 (AO)