Bahia

Grupo protesta contra fechamento de hospitais psiquiátricos

Pacientes contaram histórias e fizeram apelos emocionados

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Um abraçaço reuniu cerca de 100 pessoas, na manhã desta terça-feira (31), no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, no bairro de Narandiba, em Salvador. O ato simbólico foi organizado por funcionários, familiares e pacientes da unidade de saúde, que corre o risco de ser fechada após determinação da Justiça. Além do Juliano, a Bahia tem outros três hospitais referência em psiquiatria. O Afrânio Peixoto, em Vitória da Conquista, o Lopes Rodrigues, em Feira de Santana, além do Mário Leal Ferreira, no IAPI, na capital. Conforme a administradora Maria Figueiredo, 64 anos, o fechamento das unidades seria uma tragédia. Irmã de dois pacientes esquizofrênicos, ela disse a sensação é de desespero.

A Justiça determinou 60 dias para que o governo se posicione quanto ao projeto a ser adotado após a interrupção dos atendimentos. Em nota enviada ao CORREIO, na semana passada, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) diz que "está se adequando à Política de Saúde Mental do Brasil".  No entanto, segundo os manifestantes, a legislação é de 2001.

Segundo representantes do Mário Leal Ferreira, a unidade atendeu, em 2016, 35,8 mil atendimentos ambulatoriais, além de 15 mil medicamentos distribuídos e 969 internações. O Mário Leal Ferreira dispõe de 110 leitos de internação, além de ambulatório e emergência 24 horas. Além de Salvador, a maioria dos pacientes vêm de Lauro de Freitas, Camaçari e Simões Filho, na Região Metropolitana, respectivamente.

Reprodução: Correio 24 horas