Milhares de garotos buscam uma oportunidade em clubes como Bahia e Vitória com o sonho de se tornarem jogadores profissionais de futebol. Mas, para um jovem, ter entrado nas categorias de base do Tricolor acabou se tornando um tormento depois de alguns anos.
A história do sonho que virou desespero é do garoto Danilo Almeida, de apenas 16 anos, que denunciou o clube. O lateral-direito, natural de Jequié chegou ao Fazendão em 2013 e, três anos depois, em 2016, começaram os problemas.
Danilo sofreu uma lesão no tornozelo e precisou passar por uma cirurgia no mês de setembro. Após nove meses sem treinar, sendo três deles sem sequer andar e o restante de tratamento de reforço muscular e fisioterapia, o jogador tentou voltar aos gramados.
Porém, o jovem continuou a sentir dores no local. Segundo ele, os departamentos médico e de fisioterapia do Bahia foram procurados, mas informaram que as dores seriam normais devido à cirurgia.
Mas, os dias se passaram e o incomodo permaneceu, a ponto de não poder treinar. Aí, de acordo com Danilo, ele foi surpreendido com dispensa do clube pelo supervisor Edson, conhecido como Valdívia, em junho deste ano.
O garoto, então, retornou ao médico que realizou sua cirurgia e teve outra surpresa. A lesão havia evoluído e seria necessário um novo procedimento. Diante da notícia, Danilo procurou a diretoria do Esquadrão, já que a contusão foi contraída durante seu trabalho no clube.
Segundo o jovem, o pedido não envolveu dinheiro, apenas a liberação do plano de saúde do clube para fazer a segunda cirurgia. Mas, segundo o denunciante, a atual direção do Bahia, após uma semana de análise, não só negou como também afirmou que não tem responsabilidade sobre sua lesão.
Inconformado, Danilo procurou a imprensa para relatar o caso e denunciar o que acredita ser descaso dos dirigentes do Tricolor. Em entrevista ao repórter Nilson Luiz, da Equipe dos Galáticos, na noite desta quinta-feira (26), ele comentou a situação.
“As assistentes sociais do Bahia me falaram que não seria liberado o plano de saúde, que não era responsabilidade deles. Elas me informaram que a decisão de não reativar o plano foi do setor jurídico e do setor médico do clube. Os exames que eu fiz estão no clube. Tem dias que falto até o colégio porque não consigo andar direito. Correr é impossível”, disse.
O garoto também revelou que possui contrato de formação vigente com o Bahia e mesmo assim foi dispensado. “Tenho contrato de formação até 2018, se não me engano. Não assinei contrato profissional, pois quando cheguei não tinha 16 anos ainda. Mas, tenho esse contrato de formação, tenho a cópia”.
Em uma rede social, o atleta ainda alfinetou a direção do Esquadrão. "Não se pode só ir em hospitais visitar pessoas doentes por “marketing”, tem que verdadeiramente ajudar, e eu to precisando de ajuda, e não é só ajuda não, É RESPONSABILIDADE DE VOCÊS!".
O Galáticos Online procurou a diretoria do Bahia, através da assessoria de imprensa, mas não recebeu posicionamento do clube até o fechamento da matéria.
Fonte: Bocão News// FA