O ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu ao Supremo que desfaça a prisão preventiva dele, que foi determinada pela Justiça Federal da Bahia e confirmada na Corte pelo ministro Edson Fachin. O peemedebista foi preso em 8 de setembro, dias após a Polícia Federal ter achado uma fortuna de R$ 51 milhões em um apartamento com impressões digitais do peemedebista, na Operação Tesouro Perdido. Chamando a prisão de ilegal, os advogados de Geddel pedem que o ministro relator, caso rejeite o pedido, leve o caso a julgamento na Segunda Turma do STF. Uma das alegações apresentadas pela defesa é a de que “impressão digital não tem data”.
Eles afirmam também que Geddel, enquanto esteve em regime de prisão domiciliar, não descumpriu a determinação. Critica também a Operação Tesouro Perdido, que encontrou os R$ 51 milhões em endereço ligado ao ex-parlamentar. Segundo a defesa, essa medida foi baseada em “suposta notícia anônima, alegadamente recebida em 14 de julho de 2017, estranhamente dois dias após ser preferida a decisão liminar” que libertou o investigado e um dia após o segundo pedido de prisão preventiva feito contra ele. Fachin manteve a prisão preventiva de Geddel apesar do pedido da defesa para colocar o ex-ministro em liberdade. Em manifestação ao Supremo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considerou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima “parece” ter assumido a posição de líder de uma organização criminosa. Para ela, a prisão preventiva do ex-ministro é “imprescindível” para a continuidade das investigações.
Geddel foi preso em julho por tentativa de obstrução de justiça, mas colocado em prisão domiciliar dias depois. No último dia 8 de setembro, o ex-ministro foi novamente preso preventivamente após a Polícia Federal encontrar os R$ 51 milhões atribuídos a ele em um apartamento em Salvador (BA). Para Raquel Dodge, Geddel “fez muito em pouco tempo”.
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