Um clima de “certeza da vitória” entre deputados da base aliada, a Câmara tem sessão de plenário nesta quarta-feira (25) para votar a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Oposicionistas reconhecem que será difícil impor uma derrota ao presidente, e contam com a estratégia de não marcar presença em plenário para tentar adiar a votação.
As acusações da Procuradoria Geral da República envolvem os crimes obstrução de Justiça e organização criminosa.
Cabe à Câmara, em sessão marcada para começar às 9h, autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a decidir sobre eventual abertura de processo.
Clima de 'vitória'
Um dos principais aliados de Temer, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) diz estar confiante na vitória, inclusive com ampliação do placar registrado na primeira denúncia, por corrupção passiva, quando 263 deputados votaram pelo arquivamento das acusações.
“É um clima de certeza da vitória. Temos a expectativa de que vamos fazer mais votos que na outra denúncia”, disse.
Responsável por elaborar planilhas com mapeamentos de votos, o vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) estima que o governo terá entre 260 e 270 deputados se posicionando contra a denúncia.
As acusações só terão prosseguimento no Poder Judiciário se receberem o aval de ao menos 342 dos 513 deputados. Sendo assim, se o número de votos pela rejeição da denúncia chegar a 172, o processo não terá andamento.
Estratégia da oposição
Na avaliação do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), é “muitíssimo difícil” que a oposição consiga alcançar os 342 votos pela autorização da denúncia. Ele, porém, diz que ainda tem esperança em uma reversão de resultado.
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