A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) não vai avançar na iniciativa de propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, na travessia Mar Grande-Salvador, ocorrido em agosto deste ano. O bloco havia chegado a anunciar, por meio do deputado Hildécio Meireles (PMDB), que daria início ao processo de recolhimento de assinaturas para enviar ao presidente Angelo Coronel (PSD) o requerimento de abertura do colegiado. No entanto, mais uma vez, os planos da bancada fracassaram.
A oposição esbarrou novamente em um problema chamado Samuel Júnior (PSC). Assim como nas propostas de CPI da Cerb e dos grampos telefônicos, o parlamentar declinou de assinar o requerimento. Com a negativa, a bancada não consegue reunir o número necessário de assinaturas – 21 – para protocolar o documento. O bloco possui exatamente 21 deputados. A atitude recorrente de Samuel tem deixado os colegas na bronca. Alguns reclamam do modus operandi do oposicionista. Quando instado a assinar as CPIs, ele diz que precisa do aval do pastor da igreja com a qual possui ligação. Entretanto, segundo apurado pela reportagem, utiliza a situação para fazer barganha. Quando consegue alguma benesse do governo estadual, desiste de apoiar o requerimento.
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