A seleção brasileira termina sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas como os brasileiros gostariam que terminasse a Copa do Mundo da Rússia, em primeiro lugar, sobrando em campo, com Neymar fazendo fila na marcação adversária e liderando uma equipe forte, talentosa e solidária. O Brasil parte para a Rússia cheio de gás e favorito, após a vitória sobre o Chile por 3 a 0, na noite desta terça-feira, no Allianz Parque, em São Paulo.
Se Tite conseguiu nessas 15 partidas à frente do time mudar tudo e fazer da terra arrasada um terreno fértil e favorável para mais uma conquista mundial, a sexta, diga-se, também teve de se render ao talento, ginga e modo de ser de pelo menos meia dúzia de garotos abusados e de muita personalidade.
Aprenderam juntos e juntos mudaram a seleção. É dessa forma que vão desembarcar na Rússia em junho do ano que vem. A vitória por 3 a 0 sobre o Chile, nesta noite, no Allianz Parque, com público recorde do estádio do Palmeiras, 41.008, e renda de R$ 15 milhões, recorde na história do futebol brasileiro. O resultado coroou campanha de tirar o chapéu. A torcida fez festa, tirou fotos e aplaudiu. Também pegou no pé de alguns chilenos, como Valdivia. Mas não houve nenhuma manifestação homofóbica, como vinha acontecendo em jogos no Brasil.
Uma das maiores manifestações ocorreu quando o locutor do estádio anunciou gol do Equador diante da Argentina. Ele não se deu conta de que Messi estava em campo lá em Quito.
Brasil e Chile fizeram um primeiro tempo correto, sem grandes jogadas, de marcação forte no meio-campo e com Neymar atuando mais fixo pela esquerda. Tudo mudou na etapa final, quando os gols brasileiros saíram. Neymar assumiu sua função de maestro pelo meio antes de voltar para a beirada do gramado. Foi suficiente para tirar o zero do placar e conduzir a seleção à sua 12ª vitória nas Eliminatórias Sul-Americanas.
Os gols foram marcados por Paulinho e Gabriel Jesus (dois), aos 9, 11 e 47 minutos respectivamente. O primeiro deles de rebote do goleiro Bravo. O segundo em combinação perfeita de Neymar e Jesus. E o terceiro sem goleiro, que estava na área do Brasil tentando o gol.
Fora da Copa, o Chile desandou a dar pontapés e a provocar. Mas até isso Tite conseguiu mudar no elenco. Apesar de um empurrão de Gabriel Jesus, ninguém caiu na armadilha. E a seleção foi aplaudida em seu último jogo no País antes da Copa.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 3 x 0 CHILE
BRASIL – Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Alex Sandro; Casemiro; Philippe Coutinho (Firmino), Paulinho, Renato Augusto (Fernandinho) e Neymar (Willian); Gabriel Jesus. Técnico: Tite
CHILE – Bravo; Isla, Medel, Jara e Beausejour; Hernández, Aránguiz (Pulgar), Fuenzalida (Puch) e Valdivia; Vargas e Sánchez. Técnico: Juan Antonio Pizzi.
GOLS – Paulinho, aos 9, e Gabriel Jesus, aos 11 e aos 47 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Philippe Coutinho, Neymar, Sánchez e Isla.
ÁRBITRO – Roddy Zambrano (Equador).
RENDA – R$ 15.118.391,02.
PÚBLICO – 41.008 pagantes.
LOCAL – Allianz Parque, em São Paulo (SP).
Estadão Conteúdo