A seleção brasileira encerra nesta terça-feira contra o Chile, às 20h30, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, uma caminhada que começou preocupante e tumultuada, mas que termina de maneira positiva. Com a equipe classificada há algum tempo para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, exibindo um futebol consistente e de qualidade e de bem com a torcida. Por isso, o jogo também será de agradecimento ao torcedor, com um mosaico expressando o reconhecimento e um show do cantor Thiaguinho, entre outras atividades.
Em campo, a seleção terá a oportunidade de devolver a única derrota sofrida nestas Eliminatórias Sul-Americanas, justamente para o próprio Chile (2 a 0), em Santiago, na estreia. E poderá deixar o adversário fora da Copa, se mantiver o histórico de sempre vencê-lo em casa em jogos classificatórios ao Mundial (sete vitórias em sete confrontos até hoje) e resultados desfavoráveis aos chilenos, atuais terceiros colocados com 26 pontos, ocorrerem.
O técnico Tite mantém a base da equipe. Vai experimentar Ederson no gol e Alex Sandro permanece na lateral esquerda. Marquinhos estará na zaga e vai ser o capitão. “Não posso desestruturar a equipe demais. Se mexer demais, você perde a organização e a preparação”, justificou o comandante. “Não se pode atrapalhar o senso de equipe. Por isso que tomei o cuidado de não mexer excessivamente. Porque aí você vira Professor Pardal”.
O treinador lamentou o fato de o Chile correr risco de não ir à Rússia. “Em termos de equipes e de individualidades, são duas seleções que apresentam o melhor futebol da América do Sul”, analisou. Nem por isso o Brasil será “complacente” e diz que a seleção está preparada para neutralizar o jogo de triangulações, jogadas curtas e em profundidade que, espera, o adversário apresentará.
Escolhido capitão por seu alto nível de concentração, o paulistano Marquinhos, que será o 13.º jogador a vestir a braçadeira com Tite, disse ser uma ocasião especial, pois a sua família estará no estádio Allianz Parque. Ele espera um Chile forte ofensivamente. “O jogo deles é muito agressivo, tem peças muito fortes no ataque, que buscam o jogo de pressão” .
Juan Antonio Pizzi, argentino que dirige o Chile, sabe que a alternativa de sua seleção é conseguir um bom resultado e, por isso, tenta se ater ao presente e deixar de lado o retrospecto negativo contra o Brasil. “O histórico não tem incidência no jogo. As estatísticas são só estatísticas. Cada jogo e cada situação são diferentes”, afirmou.
Estadão Conteúdo (AO)