A polícia investiga as circunstâncias da morte da enfermeira Ângela Cunha, ocorrida no sábado (7), na Via Dutra, por volta das 20h, depois que ela saiu do plantão no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte. Ela foi surpreendida por criminosos que estavam de moto, na pista sentido Baixada Fluminense.
Pelas redes sociais, amigos lamentaram a morte da enfermeira. Uma colega de profissão escreveu: “Tu assume um plantão de 12 hrs, num hospital público, onde em um estado falido você não recebe em dia, se dê por feliz se vc recebe, trabalha sem as mínimas condições, falta material, falta remédio, falta tudo. Maaaaaas mesmo assim saímos da nossa casa, assumimos plantão, damos o nosso melhor, estamos ali inteiramente pra salvar vidas! Salvar quem muitas vezes nos fazem de refém. Salvar quem nos assalta, salvar quem tira nossas próprias vidas … Hoje mais uma Estrela, mais uma super-heroína da saúde, que depois de cumprir sua jornada de 12 hrs, tem sua vida finalizada a caminho de casa”.
O crime aconteceu no km 165 da Via Dutra, no sentido Baixada Fluminense. Ângela tinha acabado de sair do trabalho depois de 12 horas de plantão no hospital, na Penha. O marido foi buscá-la de moto. Quando o casal passava pela Via Dutra foi abordado por criminosos armados. Um deles atirou na cabeça de Ângela, que morreu no local.
Uma faixa da rodovia ficou interditada até a chegada da ambulância. Amigos contaram que o casal não reagiu ao assalto e mesmo assim os suspeitos atiraram. Já a Polícia Militar afirmou, em nota, que Ângela tentou segurar a bolsa.
Perto de onde ela foi morta, há um posto da Polícia Rodoviária Federal. Os suspeitos foram embora sem levar nada. Eles fugiram em direção à Favela Furquim Mendes, no Jardim América, na Zona Norte.
Ângela tinha 27 anos. Além do Hospital Getúlio Vargas, ela também trabalhava no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste.
Fonte: G1 (FA)
