O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, foi detido em Guaiaquil, na noite desta segunda-feira (2), por suspeita de corrupção no caso Odebrecht. Ele foi levado para uma prisão no norte de Quito, segundo informações da Agência EFE.
Uma operação deflagrada nos últimos meses no país investigou um esquema de propinas da construtora brasileira Odebrecht destinada a funcionários do governo equatoriano. O valor, de acordo com a investigação, chegaria a US$ 33 milhões, e seria utilizado em troca de contratos no Equador.
Jorge Glas tem 48 anos, e foi levado a Quito por um avião da Força Aérea, acompanhado pelo tio Ricardo Rivera, acusado do mesmo crime. De acordo com a Agência Brasil, após chegar no aeroporto e ser escoltado para a prisão, na região de El Condado, um grupo do movimento de esquerda Alianza País se manifestava em favor do vice-presidente.
Ele nega todas as acusações. No último domingo (1°), já havia sido feito um pronunciamento em seu Twitter em que ele se recusava a entregar o cargo, e afirmava que isso seria como “aceitar a culpa”.
Na noite desta segunda-feira (2), uma publicação alegava que o pedido de prisão foi feito “sem provas e com indícios forjados”, apenas “linchamento”, e que Glas recorrerá a “instâncias nacionais e internacionais” para se defender.
Desde as últimas semanas, o vice-presidente estava proibido de deixar o país. Rivera já estava em prisão domiciliar.
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