Bahia

Ônibus metropolitanos voltam a circular após quase 08 horas de paralisação

O serviço foi retomado às 15h30 depois de uma reunião entre a categoria e o MP-BA

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Depois de 7h30 de paralisação, os ônibus da Região Metropolitana de Salvador (RMS) voltaram a circular na tarde desta segunda-feira (2). A categoria ficou parada das 8h às 15h30, e a manifestação foi encerrada depois que representantes do Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro) se reuniram com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para discutir o assunto. Ficou acordado que haverá um novo encontro na próxima semana, dia 10, para debater os pleitos da classe com o governo do estado, representantes das empresas de ônibus e dos municípios da RMS. Os trabalhadores afirmam que, por conta da integração entre o metrô e os ônibus urbanos com as linhas metropolitanas, está havendo uma série de demissões. Segundo o diretor do Sindmetro, Catarino Fernandes, a previsão é de que haja uma redução de 35% da frota quando o sistema metroviário chegar a Lauro de Freitas, em janeiro do ano que vem. Até a próxima reunião, a categoria garante que não fará novas manifestações.

"Nosso objetivo com a paralisação era abrir a mesa de negociação, o que aconteceu, então, não há a necessidade de novas manifestações. Nós assumimos o compromisso de levar o trabalhador para casa e isso está sendo feito. Desde as 15h, o serviço foi reestabelecido, voltou à normalidade", afirmou o diretor do Sindmetro.

A reunião desta segunda foi realizada na sede do MP-BA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Segundo a promotora Rita Tourinho, as mudanças que as empresas realizaram no quadro de funcionários não é novidade e estavam estabelecidas desde 2013.

Durante a paralisação os motoristas fizeram do CAB o final de linha (Foto: Bruno Wendel/CORREIO)

"Quando foi assinado o contrato de integração, em 2013, já estava previsto que seriam feitas mudanças no transporte metropolitano e que haveria uma redução. Então, não é uma surpresa. O que precisamos fazer agora é tentar amenizar o impacto gerado por essas mudanças. Estava previsto a extinção de algumas linhas, mas também a criação de outras", explicou a promotora.

A Agerba – agência do governo do estado responsável pelo transporte intermunicipal – se posicionou em nota. Confira na íntegra:

A Agerba, o Ministério Público Federal do Trabalho e o Sindmetro realizaram uma série de reuniões com a finalidade de discutir a relocação dos funcionários do sistema metropolitano a partir da integração com o metrô. Uma nova reunião com essa finalidade será realizada neste mês de outubro com a participação do Governo, Ministério Público e Sindmetro. O objetivo do Governo do Estado é assegurar que o sistema integrado de transporte público da Região Metropolitana tenha o máximo de qualidade para a população.

Integração
A manifestação dos rodoviários aconteceu um dia depois que 20 linhas metropolitanas tiveram os pontos finais alterados. Eram veículos que entravam em Salvador pela Avenida Paralela ou pela BR-324, e circulavam por toda a cidade. Desde domingo (1º) eles não podem mais fazer isso. As estações Mussugunga (para quem vem de Lauro de Freitas) e Pirajá (para quem vem de Simões Filho) passaram a ser os pontos finais. Os passageiros precisam descer do ônibus e pegar o metrô ou outro coletivo para seguir viagem.

O sindicato alega que com essa mudança, 67 ônibus deixaram de circular, o que teria ocasionado dezenas de demissões. Os rodoviários acreditam que o número de desempregados vai aumentar depois que o metrô chegar em Lauro de Freitas.

Por conta da manifestação desta segunda, 153 ônibus da empresa BTU, 80 da Costa Verde, 80 da Dois de Julho, 65 da VSA e 22 da Liz e Linha Verde deixaram de circular, segundo informações do Sindmetro.

Fonte: Correio 24 horas