Centenas de motoristas escolares foram às ruas nessa última sexta-feira (17), em todo o país, em protesto ao Projeto de Lei 5.383/2013 que pretende padronizar o transporte de estudantes em todos os estados. Na capital baiana, os manifestantes saíram de um supermercado na Avenida Paralela, em direção a Assembléia Legislativa da Bahia, complicando o tráfego na região.
A preocupação dos trabalhadores, é que se aprovada no congresso, à proposta proíba o uso de vans e veículos menores, que a partir de então, teriam que ser substituídas por ônibus de 32 lugares ao contrário do que prevê o decreto municipal 21217/2010, que permite veículos a partir de sete lugares.
O projeto que padroniza o transporte escolar ainda tramita entre as comissões da Câmara dos Deputados sem previsão de ser votado, mas o Sindicato dos Transportadores Escolares e Turísticos do Estado da Bahia (Sintest) já teme pelo pior. De acordo com a presidente do Sintest, Simone Rosas, a aprovação da medida só trata prejuízo à categoria.
“A aprovação do projeto só vai beneficiará as empresas de ônibus, em detrimento dos trabalhadores autônomos de vans , utilitários e minibus. A ideia é igualar aos municípios do interior onde o transporte é feito por ônibus. Neste caso, somente os empresários poderão prestar o serviço e, inclusive, participar de licitações”, explica.
Ainda de acordo com Rosas, o prejuízo que eles terão ultrapassa R$ 200 mil reais. “Um veiculo comum usado para o transporte hoje em dia custa uns R$ 60 mil, um ônibus, uns R$ 250 mil. Não teremos condições de nos adaptar. Vamos ter que vender nossos veículos, enfrentar novos financiamentos e aumentar os valores das mensalidades. Todos serão prejudicados, inclusive os pais dos alunos que não poderão manter o serviço”, conta.
(Foto: Reprodução/G1)