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Ex-diretor de secretaria de Campos Novos preso é suspeito de usar padaria de fachada para venda de drogas,

Ainda de acordo com a Polícia Civil, suspeito enviava dinheiro a líderes de grupo criminoso dentro de presídio.

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Polícia deflagrou operação em Campos Novos (Foto: Polícia Civil)

O ex-suplente de vereador e ex-diretor da Secretaria de Esporte e Cultura de Campos Novos, preso na Operação Rescaldo na manhã desta sexta-feira (29), é suspeito de usar um estabelecimento comercial de fachada para a venda de drogas, além de enviar dinheiro a uma organização criminosa. Ao todo, 16 mandados de prisão foram cumpridos. A Polícia Civil não divulgou o nome do ex-funcionário público detido, mas informou que ele teve os cargos há cerca de 10 anos.

“Ele explorava a padaria que pertencia à irmã dele. Esse local era utilizado basicamente para venda de drogas e para a logística do pessoal que atuava no tráfico. Ele não só traficava droga, como era responsável por receber as contribuições mensais dos integrantes da organização e repassar esses valores ao caixa geral da facção, aos líderes que estavam presos na época na penitenciária de São Pedro de Alcântara”, explicou o delegado regional de Campos Novos, Adriano Almeida.
Ainda de acordo com o delegado, o homem de 50 anos foi preso pelos delitos cometidos atualmente. A Polícia Civil não soube esclarecer se ele já realizava o tráfico de drogas durante os mandatos públicos.

Dos 19 mandados de prisão que foram expedidos nesta sexta, de acordo com a Polícia Civil, 16 foram cumpridos, sendo cinco contra pessoas que já estavam no sistema prisional. Duas pessoas foram presas em Capinzal e nove em Campos Novos. “Três pessoas não achamos e continuamos em diligência no sentido de encontrá-los”, disse o delegado.
Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de cocaína, maconha e munições de diversos calibres.

'Esquema bem organizado'
“Identificamos uma organização criminosa composta por 30 pessoas, todas com funções bem definidas. Existiam os líderes, que eram dois, aqueles que faziam a venda, tinha o gerente e dois taxistas, era bem organizado”, detalha o delegado.

A investigação começou há quatro meses. Além dos presos nesta sexta, cinco pessoas foram presas na semana passada com 10 quilos de maconha. Seis adolescentes suspeitos de envolvimento foram identificados.
Nenhum dos presos deve ser ouvido nesta sexta, segundo o delegado. A Polícia Civil pretende concluir o inquérito em até um mês e ouvir os presos nos próximos dias.

Reprodução/G1