A ideia de extinguir o horário de verão no Brasil – em estudo há pelo menos seis meses no Ministério de Minas e Energia – deve ser analisada nas próximas semanas pelo presidente Michel Temer, com base em notas técnicas que apontam "perda de efetividade" na mudança de horário. Relatórios do ministério divulgados nos últimos anos, no entanto, apontam um cenário diferente.
Em 2015, por exemplo, o Ministério de Minas e Energia divulgou que a adoção do horário de verão economizaria cerca de R$ 7 bilhões aos cofres públicos. A cifra se refere à economia direta de energia – principalmente a das usinas térmicas, mais caras – e aos investimentos na expansão da capacidade elétrica do país, que o governo teria de fazer no curto prazo, sem o horário de verão.
O G1 entrou em contato com o Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira (20), em busca de entrevista e dos relatórios emitidos nos últimos anos. Até a noite de quinta (21), a pasta tinha enviado apenas a ata da última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que aponta a necessidade de "aprofundar os estudos" sobre a manutenção do horário de verão.
Também procurados, o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmaram que as informações serão prestadas apenas pelo ministério. A Casa Civil confirmou que "está avaliando a conveniência ou não do tema horário de verão", mas também disse que o tema está com o ministério.
Se nada for anunciado nas próximas semanas, o horário de verão deve entrar em vigor no dia 15 de outubro, em dez estados e no Distrito Federal. Nessas regiões, o relógio deve ser adiantado em uma hora até o dia 18 de fevereiro de 2018.
Fonte: G1 (FA)