Brasil

Operação combate grupo suspeito de roubo e clonagem de carros na Região Metropolitana de Porto Alegre

Líder de quadrilha coordena crimes de presídio, segundo a polícia.

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A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (21) uma operação para prender uma quadrilha de roubo e clonagem de veículos. Até as 8h, 14 pessoas haviam sido presas pela polícia.

Agentes cumprem 25 mandados de busca e 15 de prisão – além de uma apreensão de menor infrator – em sete cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.

A Operação Mercancia é realizada em Sapucaia do Sul, sede do grupo criminoso; Viamão, Gravataí, Alvorada, Canoas, São Leopoldo e Portão. A investigação aponta que o grupo é liderado por um homem de 36 anos que já está preso na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), mas comanda crimes de dentro da própria cela.

De acordo com a polícia, alguns criminosos fazem os roubos, outros são encarregados apenas para dirigir, levar os carros de um lado para o outro. Alguns ficam responsáveis em clonar. O que chama atenção também, é que eles alugavam casas e sítios para guardar e clonar esses veículos. Vinte e cinco por cento dos roubos da Grande Porto Alegre passavam pela clonagem dessa quadrilha.

Após roubar veículos, os criminosos extorquiam os donos. Uma mulher que pediu para não ser identificada contou que teve um carro e vários pertences pessoais roubados pelo grupo.

"Só lembro que vi o farol e pensei: 'vou dar um espaço para ele ultrapassar, acho que ele quer ultrapassar, está vindo muito próximo ao meu carro', e dei lado. Quando eu dei lado, ele já bateu na lateral, já me cortou a frente, já desceu do carro muito rápido. Não consegui ver nem quem era o motorista, só consegui ver o passageiro que desceu me mandando sair do carro. Deixei bolsa, celular, casaco, tudo. Não consegui pegar nada", contou o delegado Juliano Ferreira.

Como ficaram com documentos e pertences que foram deixados no carro, integrantes da quadrilha conseguiram o telefone do marido da mulher, proprietário do veículo, e pediam resgate para a devolução.

"Eles ligaram primeiro e perguntaram se eu era dono da caminhonete e também mandaram whats e eu relatei que era", conta o homem, que também não quis se identificar. "E começaram as ameaças. No começo, eles tinham um pouco de amizade, quando chegou a tarde ele começaram com um tom de ameaça, dizendo que iam 'picar' (desmanchar) o carro", finalizou.

Fonte: G1 (FA)