Com sua permanência como presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, no PDT, partido ao qual está filiado desde 2009, o chefe do Legislativo baiano agora tem outra preocupação. A empreitada da vez é ajudar a refundar o Partido Liberal (PL). Fundado em 1985 pelo deputado federal Álvaro Valle (1934-2000), o PL fundiu com o Prona, liderado por Enéas Carneiro, dando origem ao Partido da República (PR).
Com o apoio dos ex-deputados Clóvis Ferraz e Edson Pimenta, e a supervisão do senador Otto Alencar, Marcelo Nilo, tenta reunir na Bahia 50 mil assinaturas de eleitores simpatizantes à recriação da legenda. Nacionalmente, o PL é capitaneado pelo presidente do PSD e ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
Na Bahia, o entendimento é que o PL seja entregue aos cuidados de Marcelo Nilo, para isso, ele montou uma força-tarefa que é o recolhimento de assinaturas através de formulários vistos nas repartições na sede do Legislativo baiano. O documento reúne informações como dados pessoais e eleitorais, mas não trata de filiação partidária.
O PL protocolou pedido de registro no TSE. O novo partido diz ter obtido 167.627 assinaturas – 67.924 já foram consolidadas e 99.703 foram certificadas. O restante das assinaturas necessárias para atingir 484.169, o mínimo para registro do partido, ainda está sendo verificado nos Tribunais Regionais Eleitorais espalhados pelo Brasil.
Um dos problemas enfrentados justamente é a greve dos servidores do Judiciário Federal. Desde segunda-feira (13), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) informou que só atenderia casos urgentes por causa da paralisação. Com as atividades suspensas nos cartórios, as fichas não podem ser homologadas. Em entrevista ao jornal Tribuna, o presidente da ALBA disse que não vê risco de não conseguir a tempo reunir e validar as assinaturas: “Estou tentando”.